Nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, sendo o primeiro ex-ministro a ser ouvido na investigação que apura irregularidades no órgão entre 2019 e 2025.
Durante a oitiva, Lupi detalhou as ações adotadas durante sua gestão, que ocorreu entre janeiro de 2023 e maio de 2025, e ressaltou os esforços do Ministério para combater os descontos indevidos em benefícios previdenciários, apontados como um dos maiores escândalos recentes do INSS.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, destacou que a convocação de Lupi é fundamental para esclarecer pontos estratégicos sobre a atuação do Ministério frente aos casos de fraudes, que afetaram aposentados e pensionistas em todo o país. “O ex-ministro possui informações essenciais sobre medidas adotadas para coibir irregularidades e proteger os segurados do INSS”, afirmou Gaspar.
O ex-ministro também comentou sobre os desafios enfrentados na implementação de sistemas de controle mais rigorosos, afirmando que algumas falhas estruturais do INSS dificultaram a rápida detecção de irregularidades. Lupi confirmou que sua exoneração, em maio deste ano, ocorreu após a divulgação de parte do esquema de descontos indevidos.
A CPMI seguirá com a oitiva de outras autoridades nos próximos dias. Na semana que vem, está prevista a participação de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como figura central no esquema de fraudes.
O depoimento de Lupi será fundamental para a continuidade das investigações, já que a comissão busca mapear responsabilidades e propor mecanismos de prevenção contra irregularidades futuras no INSS.
