Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) iniciaram nesta segunda-feira (25), data em que se celebra o Dia de Combate à Violência contra a Mulher, uma ocupação no campus Butantã reivindicado a inauguração de uma sala lilás para que mulheres vítimas de violência possam fazer denúncias. A iniciativa é do Movimento de Mulheres Olga Benário e Correnteza. A sala foi batizada como “Sala Lilás Janaína Bezerra vive”, em homenagem à estudante piauiense que foi morta dentro do campus da UFPI

Nas imagens compartilhadas nas redes sociais, as estudantes aparecem limpando uma sala que, segundo eles, tinha sido destinada para defesa das mulheres mas que estaria abandonada.

após ser vítima de violência sexual durante uma calourada.

Nas imagens compartilhadas nas redes sociais, as estudantes aparecem limpando uma sala que, segundo eles, tinha sido destinada para defesa das mulheres mas que estaria abandonada.

O portal procurou a USP sobre a reivindicação dos estudantes. A instituição respondeu que já existe um protocolo para atendimento a pessoas vítimas de violências de gênero, e que foi criada uma pró-reitoria que instituição a criação de comissões para realizar o acolhimento. (Veja na íntegra ao final da reportagem)

Família diz que “luta está indo longe”

Maria Vitória, irmã de Janaína, disse que a família vê a escolha do nome de Janaína Bezerra para batizar a sala como uma forma de homenagem e que isso representa mais um instrumento de luta contra a violência as mulheres.

Relembre o caso

Janaína Bezerra foi encontrada morta na madrugada do dia 28 de janeiro de 2023, após uma calourada estudantil na UFPI. Thiago Mayson foi preso no mesmo dia como o principal suspeito pelo crime cometido dentro das instalações da instituição de ensino.

A investigação realizada pelo Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou o acusado por homicídio duplamente qualificado, incluindo feminicídio, além de estupro, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

Em setembro de 2023, ele foi condenado 18 anos e seis anos pelos crimes de homicídio qualificado, emprego de meio cruel, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

CIDADE VERDE

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