
Em entrevista concedida à agência russa Sputnik, o especialista militar Alexei Borzenko afirmou que o Irã ainda não utilizou suas armas mais avançadas nos recentes ataques contra Israel. A declaração ocorre após o bombardeio iraniano à cidade israelense de Haifa, no qual dezenas de foguetes romperam o sistema de defesa antiaérea Domo de Ferro. Segundo Borzenko, os ataques revelam não apenas a capacidade ofensiva de Teerã, mas também o limite dos sistemas de proteção israelenses frente a ofensivas em larga escala.
Tecnologia antiga com impacto renovado
De acordo com Borzenko, a maior parte dos projéteis lançados pelo Irã durante a ofensiva mais recente tem entre 20 e 30 anos de fabricação. Ainda assim, causaram surpresa e destruição consideráveis. “Até agora, os israelenses não enfrentaram mísseis tão pesados”, afirmou. O especialista observou que as ogivas utilizadas foram aprimoradas, com explosivos mais potentes e fragmentos mais letais. Registros em fotos e vídeos revelam fachadas de prédios danificadas, vidraças estilhaçadas e destruição em áreas urbanas.
Borzenko alertou que o Irã ainda não lançou mão de suas armas mais modernas, como o míssil balístico Haj Qassem, apresentado em 2020. Trata-se de um armamento com alcance de 1.400 quilômetros, capaz de carregar uma ogiva de 500 quilos, desenhado para escapar de radares e com capacidade de reentrar na atmosfera a Mach 12, atingindo o alvo a Mach 5.“Acredito que Teerã ainda guarda armas mais poderosas do que as usadas em Haifa. As mais novas ainda não foram lançadas. A verdadeira escalada ainda está por vir”, advertiu o analista à Sputnik.