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Disputa pelo Senado em 2026 expõe conflito entre pragmatismo e disciplina no PT do Piauí

Foto: Reprodução

A disputa pelas duas vagas do Senado Federal em 2026 já provoca tensões significativas no cenário político do Piauí. No centro do debate está o senador Ciro Nogueira, do Progressistas, que, mesmo ocupando posição de oposição aos governos estadual e federal, segue recebendo apoio de prefeitos em diferentes regiões do estado, inclusive de gestores filiados ao Partido dos Trabalhadores.

O cenário evidencia um conflito crescente entre o pragmatismo eleitoral adotado por lideranças municipais e a orientação formal da direção estadual do PT, que defende alinhamento integral à base governista. Apesar da diretriz partidária, prefeitos petistas têm reafirmado, de forma cada vez mais pública, a intenção de manter apoio à candidatura de Ciro Nogueira ao Senado.

O presidente estadual do PT, deputado estadual Fábio Novo, afirmou que o partido exigirá fidelidade total de seus filiados, estabelecendo como orientação que prefeitos, vereadores e lideranças petistas apoiem exclusivamente os nomes indicados pela base aliada ao governo nas eleições para o Senado. A posição, no entanto, encontra resistência, sobretudo no interior do estado.

Nos bastidores e também em declarações públicas, gestores municipais vinculados ao PT afirmam que a decisão eleitoral será pautada por alianças locais, histórico de apoio institucional e interesses regionais, mesmo que isso possa resultar em sanções internas. Declarações nesse sentido passaram a circular entre lideranças municipais, sinalizando o grau de enfrentamento dentro da legenda.

O episódio expõe um desafio estratégico para o PT no Piauí, que é manter a coesão partidária sem romper com bases municipais que exercem forte influência eleitoral. Ao mesmo tempo, evidencia a presença de Ciro Nogueira no cálculo político de prefeitos, que optam por manter alianças locais mesmo diante de orientações partidárias contrárias.

À medida que o calendário eleitoral de 2026 se aproxima, o impasse tende a se intensificar, colocando em discussão os limites entre disciplina partidária, autonomia política local e estratégia eleitoral.

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