(Reuters) – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta terça-feira que desvincular as aposentadorias do salário mínimo colocaria milhões de idosos em uma condição desumana, já que o salário mínimo serve para garantir o básico de sobrevivência.
Em entrevista à GloboNews, Costa ainda defendeu a necessidade de revisar benefícios dados a vários setores que, em sua avaliação, pagam menos contribuição previdenciária do que deveriam.
Críticos da política fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontam que a equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem concentrado os esforços de equilíbrio das contas públicas no aumento da arrecadação e cobrado o que avaliam como medidas estruturantes de cortes de gastos.

Entre essas medidas, têm sido levantada uma desvinculação do salário mínimo às aposentadorias, assim como o fim dos pisos constitucionais para desembolsos em saúde e educação, duas propostas frequentemente rechaçadas por Lula e seus auxiliares.
O ministro rejeitou ainda a possibilidade de revisão da atual meta fiscal do governo, que prevê déficit primário zero neste ano e superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto no ano que vem, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos.
“A meta está garantida, tem compromisso fiscal do presidente da República”, assegurou. “Trajetória do déficit é decrescente.”