Recentemente, uma descoberta paleontológica na Ilha de Skye, Escócia, trouxe à luz 131 pegadas de dinossauros datadas de aproximadamente 167 milhões de anos, do período Jurássico Médio.
Essas

pegadas, encontradas em Prince Charles’s Point, incluem marcas de terópodes carnívoros, ancestrais do famoso Tyrannosaurus rex, e de saurópodes herbívoros de pescoço longo.
A preservação excepcional dessas pegadas em arenito ondulado permite uma visão detalhada dos dinossauros que habitaram a região. As marcas dos terópodes, possivelmente pertencentes ao gênero Megalosaurus, exibem impressões nítidas de garras, indicando sua natureza predatória. As pegadas sugerem que esses carnívoros mediam cerca de 1,8 metros de altura no quadril e se deslocavam a uma velocidade aproximada de 8 km/h. Em contraste, as pegadas dos saurópodes indicam animais de grande porte que se moviam lentamente, a cerca de 2,4 km/h, sugerindo que seu tamanho os tornava menos vulneráveis a predadores.
A presença simultânea de pegadas de predadores e herbívoros sugere que a área funcionava como um antigo ponto de encontro, semelhante aos atuais bebedouros africanos, onde diferentes espécies coexistem em busca de recursos hídricos. Durante o Jurássico, a região que hoje é a Ilha de Skye possuía um clima subtropical, com lagoas de água doce que atraíam uma diversidade de dinossauros.
A descoberta ocorreu em um local historicamente significativo, associado à fuga de Bonnie Prince Charlie em 1746. Essa conexão entre a história humana e a pré-história adiciona uma dimensão poética ao achado, conforme destacado pelo professor Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo.
Estudos anteriores na Ilha de Skye já haviam revelado pegadas de dinossauros, incluindo marcas de saurópodes e terópodes, reforçando a importância da região para a paleontologia. Essas descobertas contribuem significativamente para a compreensão da diversidade e comportamento dos dinossauros durante o Jurássico Médio, um período crítico para a evolução desses animais.
A contínua pesquisa na Ilha de Skye não apenas enriquece o conhecimento sobre a vida pré-histórica, mas também destaca a relevância da integração entre tecnologia moderna e paleontologia na reconstrução de ecossistemas antigos. As pegadas fossilizadas oferecem uma janela única para o passado, permitindo aos cientistas desvendar os mistérios dos gigantes que uma vez dominaram a Terra. Descobertas recentes de pegadas de dinossauros na Escócia.