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De Chaves ao coração do México: o que revela ‘Chespirito: Sem Querer Querendo’

Pablo Cruz (Chaves) na série ‘Chespirito: Sem querer querendo’ — Foto: Divulgação/Max

Série dramatiza vida de Roberto Gómez Bolaños, o gênio por trás de Chaves e Chapolin

A trajetória de Roberto Gómez Bolaños, o eterno criador de personagens que marcaram gerações na televisão latino-americana, é o tema central de uma nova série disponível na HBO Max. Intitulada “Chespirito: Sem Querer Querendo”, a produção mistura drama e humor para retratar a vida e o legado do comediante mexicano que deu vida a ícones como Chaves, Chapolin Colorado e Doutor Chapatin.

A narrativa percorre desde a infância de Bolaños, nascido em 1929, até os momentos mais emblemáticos de sua carreira, especialmente entre as décadas de 1950 e 1980. Mais do que um retrato da figura pública, a série investiga as origens do artista, que começou como redator publicitário e ganhou destaque como roteirista de rádio, TV e cinema antes de se tornar o rosto de seus próprios personagens.

Apesar do carinho evidente na forma como sua jornada é contada, a série também abre espaço para conflitos pessoais. Um deles envolve a relação conturbada com Carlos Villagrán, que interpretou o Quico, e o início do romance com Florinda Meza, atriz que deu vida à Dona Florinda, quando Bolaños ainda era casado. Por questões judiciais, os nomes dos personagens inspirados nesses dois não são os reais: na trama, eles aparecem como Marcos Barragán e Margarita Ruíz.

Florinda Meza, aliás, declarou publicamente sua insatisfação com a produção. Segundo ela, a série distorce fatos e não respeita sua história: “Não há respeito pela minha pessoa e muito menos pela verdade”, afirmou.

O processo de seleção do elenco foi longo e detalhado, levando cerca de dois anos. Um dos desafios foi encontrar um ator que pudesse encarnar Chaves. Pablo Cruz, que ficou com o papel, ouviu que era “alto demais” para interpretar o personagem – ele tem 1,75m, enquanto Bolaños media 1,62m. Ainda assim, sua atuação convenceu a equipe criativa, que priorizou a entrega emocional e a essência do papel.

Para viver a versão jovem da Chiquinha, a atriz Paola Montes de Oca contou com a orientação direta de María Antonieta de las Nieves, intérprete original da personagem. “Ela me ensinou muito mais do que expressões e bordões. Compartilhou memórias, me fez entender quem era a Chiquinha de verdade”, relatou Paola.

A produção tem um valor simbólico ainda maior por ser comandada por Roberto Gómez Fernández, filho do próprio Bolaños. Ele atua como criador e principal roteirista da série. “Esse projeto era mais que um trabalho. Foi uma forma de reviver meu pai. Em muitas cenas, parecia que ele estava ali de novo”, disse Fernández.

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