Em Gaza, o cenário da guerra apaga sonhos antes mesmo que possam florescer.
Em meio à guerra, infância interrompida e famílias desfeitas revelam a tragédia humanitária na Faixa de Gaza.
Desde o início da ofensiva militar em Gaza, em outubro de 2023, a população civil, especialmente crianças e famílias enfrentam uma crise sem precedentes. Mais de 35 mil pessoas já morreram, sendo cerca de 40% crianças, segundo o Ministério da Saúde local.
Com escolas destruídas, acesso limitado a água, comida e medicamentos, a infância em Gaza foi interrompida. “Nós dormimos com medo. Não sabemos se vamos acordar”, diz Youssef, 13 anos, que perdeu parentes em um bombardeio.
Segundo a UNICEF, mais de 17 mil crianças estão sozinhas, após perderem pais ou responsáveis. Apesar disso, há sinais de resistência: voluntários improvisam aulas, mães distribuem alimentos e crianças continuam desenhando, entre escombros, símbolos de esperança.
Organizações humanitárias alertam para o colapso dos serviços básicos. A ONU já classificou a situação como “catástrofe humanitária”. Enquanto negociações por cessar-fogo não avançam, famílias lutam diariamente para sobreviver e manter sua dignidade. Israel rejeitou os pedidos por um cessar-fogo incondicional ou permanente, alegando que o Hamas não pode permanecer em Gaza.
“Estamos cansados de ser números. Só queremos viver em paz”, resume Ahmad, professor em Gaza.