Uma criança e um adulto de 18 anos morreram nesta quarta-feira (1º) com sinais de intoxicação após tererem comido uma porção de peixe do tipo manjuba, em Parnaíba. Além deles, outras sete pessoas da mesma família que também ingeriram o alimento foram socorridas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros. Eles são familiares de Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, que morreram depois de comerem um caju envenenado em agosto de 2023.

A Polícia Civil confirmou que a criança e o adulto de 18 anos que morreram seriam primo e tio das crianças que morreram envenenadas por caju. Entre os sete hospitalizados, está a mãe dos garotos, Francisca Alves. 

Uma testemunha relatou ao Cidadeverde.com que um homem, ainda não identificado, teria feito a doação de uma cesta básica juntamente com as manjubas para a família ainda no fim desta manhã. Logo em seguida, a família teria comido os peixes e começou a passar mal, apresentando sintomas de mal estar, vômitos e babando. 

O delegado Renato Pinheiro, que está investigando o caso, disse ao Cidadeverde.com que não é possível descartar e está sendo apurada uma correlação entre os dois casos. 

“A investigação busca alguma correlação entre esses dois fatos”, disse.

Uma hipótese que pode ser considerada é um fenômeno que tem causado a morte de peixes na região. Segundo ele, embora a situação não tenha relação a princípio, não pode excluir. Ele também informou que a pessoa que doou os alimentos está sendo procurada pela polícia.

“O que temos de informação é que as vítimas ingeriram na data de hoje uma alimentação de peixes da espécie conhecida popularmente por manjuba. Está acontecendo um fenômeno ambiental de morte em massa de peixes na lagoa do bebedouro; a espécie apreendida aqui é nativa de água salgada. Em princípio, não tem relação, mas vamos pelo menos excluir isso. Os peixes que as vítimas ingeriram foram doados por um nacional desconhecido, em um palio prata, estamos consultando as câmeras para tentar a identificação”, disse.

O Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do corpo do tio e também teria recolhido os peixes e levado para perícia.

O delegado também citou que foi observada uma coloração anormal no arroz que foi ingerido pela família. O produto foi apreendido e será analisado.

Na casa, segundo a testemunha ouvida pelo Cidadeverde.com, moravam 10 pessoas, entre tios e primos de Ulisses e João Gabriel, que morreram ano passado após terem sido envenenados com caju. A perícia no corpo dos meninos encontrou o veneno conhecido como chumbinho, altamente mortal. A investigação concluiu que a vizinha deles, Lucélia Maria da Conceição Silva, foi a autora do crime e a indiciou por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, além da qualificadora de motivo torpe.

O Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do corpo do tio e também teria recolhido os peixes e levado para perícia.

CIDADE VERDE

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui