A Corregedoria da Polícia Civil do Piauí recomendou, em novembro, a aplicação de punições disciplinares a sete policiais civis por infrações administrativas. Entre as medidas, destacam-se quatro recomendações de expulsão e três de suspensão.
Nesta semana, o papiloscopista Francisco das Chagas Pinheiro Martins, 66 anos, acusado de abusar de duas crianças de nove anos em Teresina, foi demitido dos quadros da corporação.
Em entrevista ao Notícia da Manhã desta sexta-feira (22), o corregedor da Polícia Civil, delegado Alfredo Cadena, detalhou os casos mais graves, incluindo situações que envolveram abuso de poder e desvio de conduta por parte de servidores da corporação.
Segundo o delegado, um dos casos mais graves envolveu um policial que rendeu um delegado com uma arma durante o cumprimento de uma ordem judicial.
“Está sendo demitido um médico perito da cidade de Floriano por abandono de cargo, com tripla jornada, ocupando vários cargos como médico. Temos também o caso do policial que atirou contra policiais do Denarc em uma ordem de busca e apreensão contra os netos, e, quando os policiais adentraram na residência, ele rendeu um delegado com uma arma na nuca. Só não teve uma situação pior porque os policiais conterão esse policial. Temos também o caso de um policial da cidade de Guadalupe, que se utilizou da verba da delegacia para fins particulares e tem uma conduta escandalosa na cidade e na vizinhança onde mora, em Timon. Então, esses policiais estão na mesa do secretário para serem demitidos”, explicou o corregedor.
Em relação às suspensões, o corregedor pontou que a medida abrange todos os cargos da corporação.
“Em relação às suspensões, temos várias. Dentro deste ano, todos os cargos da Polícia Civil tiveram suspensões: são policiais indisciplinados, delegados, agentes, escrivães, peritos criminais e peritos médicos. Então, todos os cargos estão sendo severamente punidos para tornar a Polícia Civil, para a sociedade, uma polícia eficiente e disciplinada”, afirmou.
Um dos casos citados foi o de um policial suspenso por 60 dias após ameaçar um colega de morte.
“Ocorreu no antigo 22º DP que um policial, em um entreveiro com outro agente de polícia, na frente de populares, do delegado, dos outros agentes, de outros escrivães, ele puxou uma arma e o ameaçou de morte. Essa situação é inadmissível. Então, como foi a primeira vez de um cidadão que tem mais de 35 anos de polícia, ele foi apenado por 60 dias de suspensão. São dois meses suspensos sem arma, sem identificação funcional”, destacou Alfredo Cadena. Outro caso envolve um policial que utilizou uma viatura para fins pessoais.
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