
Uma impressionante descoberta arqueológica no Egito revelou os restos de uma antiga cidade, escondida sob camadas de ruínas gregas, que remonta a mais de 3.500 anos.

Localizada perto de Alexandria, no delta do Nilo, a área havia sido considerada um assentamento da era helenística, associada aos gregos.
Contudo, as escavações mais recentes trouxeram à tona vestígios de uma cidade ainda mais antiga, pertencente ao Império Novo do Egito, período em que o faraó Ramsés II governava o território egípcio.
No entanto, o maior achado até o momento foi o conjunto de blocos de pedra com inscrições em hieróglifos, pertencentes a um templo dedicado a Ramsés II, um dos faraós mais renomados da história egípcia.
Ramsés II e a produção de vinho: um novo olhar sobre a história do Egito
A cidade, chamada Kom el-Nugus, está situada em uma elevação rochosa, entre o Mar Mediterrâneo e o Lago Mariút, o que oferece uma localização estratégica, possivelmente voltada para a defesa das fronteiras do Egito e para atividades comerciais na região.
Embora o local já fosse conhecido por abrigar estruturas da época grega, as escavações recentes revelaram construções ainda mais antigas, feitas com tijolos de barro, típicos da arquitetura egípcia faraônica.
O planejamento urbano da cidade ficou evidente por meio das casas dispostas em torno de uma rua principal, que possuía um sistema de drenagem elaborado.
Construção
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Um dos itens mais significativos encontrados na escavação foi uma ânfora, um tipo de jarro usado na antiguidade, que trazia o nome de Meritáton, filha de Akhenaton e Nefertiti.
Esse achado, segundo os especialistas, ajuda a datar a cidade para a 18ª dinastia egípcia, período que compreende aproximadamente entre 1550 e 1292 a.C.
Isso indica que o local já estava em funcionamento muito antes da chegada dos gregos à região, no século IV a.C.
Em meio aos blocos reutilizados nas construções posteriores, foram identificados elementos de um templo dedicado ao faraó Ramsés II, que governou o Egito entre 1279 e 1213 a.C.
Esse faraó é conhecido por expandir significativamente as fronteiras do Egito e por ser responsável por diversas construções monumentais.
A descoberta de estruturas ligadas ao seu império em Kom el-Nugus reforça a ideia de que a região tinha um grande valor estratégico e econômico, provavelmente voltado para a produção de vinho e para a proteção da fronteira oeste do Egito contra invasões vindas da Líbia.
A cidade como base militar e centro de produção econômica
Entre os outros itens encontrados no local, os arqueólogos descobriram fragmentos de capelas privadas e pequenas tigelas de cerâmica, que fornecem mais pistas sobre a vida cotidiana na cidade.
Alguns pesquisadores acreditam que Kom el-Nugus pode ter servido como uma base temporária ou sazonal, possivelmente como uma guarnição militar responsável por vigiar a região.
Essa teoria é corroborada pela descoberta de estruturas que indicam um planejamento estratégico e pela localização, que se prestava a operações militares e comerciais.
Essas novas descobertas alteram a visão que se tinha até o momento sobre o delta do Nilo.
Até agora, os estudiosos acreditavam que essa área só havia sido ocupada pelos egípcios mais tarde, durante o domínio grego, após a conquista de Alexandre, o Grande, no século IV a.C.

O achado de Kom el-Nugus altera esse panorama, revelando que os egípcios estavam estabelecendo cidades e sociedades complexas nessa região muitos séculos antes da chegada dos gregos.
O mistério por trás do nome da cidade e a expectativa das futuras escavações
O nome original da cidade ainda permanece um mistério, e os arqueólogos continuam a estudar a área com a esperança de encontrar mais pistas sobre sua história.
As escavações em andamento podem trazer à tona mais informações sobre o cotidiano dos habitantes, suas atividades econômicas e o papel que essa cidade desempenhou durante o auge do Império Egípcio.
A expectativa é que os próximos achados possam também oferecer mais detalhes sobre a forma como os egípcios interagiam com outras culturas da região e como suas cidades estavam conectadas ao restante do Egito.
Uma nova luz sobre a história egípcia: o legado de Kom el-Nugus
O impacto dessa descoberta é grande, pois oferece uma nova perspectiva sobre o Egito Antigo, uma civilização que sempre cativou a curiosidade do mundo.
Kom el-Nugus pode ser a chave para entender como o Egito se expandiu para além de suas fronteiras tradicionais, adaptando-se a diferentes condições geográficas e políticas ao longo do tempo.
Os próximos anos de escavações e estudos certamente irão revelar ainda mais sobre esse capítulo fascinante da história humana.
A descoberta de Kom el-Nugus serve como uma janela para o passado remoto, revelando que, muito antes da era helenística e da dominação grega, os egípcios já haviam estabelecido sociedades complexas e organizadas no norte do país.
Em breve, novas informações podem reescrever partes da história que pensávamos já conhecidas.
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IG