
A China acusou nesta segunda-feira (15) os Estados Unidos de adotar “intimidação” ao pressionarem aliados a impor tarifas sobre produtos chineses, incluindo importações de petróleo russo. O governo chinês classificou as ações como “coerção econômica unilateral” e advertiu que tomará medidas em defesa de seus interesses.
Segundo o Ministério do Comércio de Pequim, a pressão norte-americana atinge países membros do G7 e da OTAN, ampliando tensões comerciais que já vinham crescendo nos últimos meses. “Tais práticas violam os princípios do comércio internacional e os direitos legítimos da China”, afirmou um porta-voz do órgão.
O episódio ocorre em meio a negociações comerciais em Madri entre autoridades chinesas e americanas, que discutem tarifas, a exigência dos EUA para que a ByteDance, controladora do TikTok, se desfaça de suas operações nos Estados Unidos, e outras disputas econômicas.
Além disso, Pequim abriu uma investigação preliminar contra a fabricante de chips americana Nvidia, acusando a empresa de práticas que violariam as leis antitruste chinesas, um sinal de que a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo pode se intensificar.
Analistas observam que o clima de atrito pode impactar o comércio global, especialmente setores estratégicos como tecnologia e energia, e pode afetar o ritmo de negociações multilaterais previstas para os próximos meses.