Os principais alvos dos manifestantes que compareceram à Avenida Paulista neste sábado (7/9) para o ato de 7 de Setembro são o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD).
Cartazes com “Fora Alexandre de Moraes” e “Abaixo a Ditadura” são maioria entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que protestam contra a inelegibilidade do ex-presidente e contra a decisão que suspendeu a rede social X no Brasil. Os manifestantes também erguem placas em defesa do empresário Elon Musk, proprietário da rede social.
Em relação a Rodrigo Pacheco, os cartazes pedem para que ele paute o pedido de impeachment de Moraes no plenário do Senado Federal: “Se não pautar, vamos cassar”.
A manifestação reúne pessoas de diferentes estados do país. Fernando Negreli, de 54 anos, veio do Paraná para prestigiar o ato de 7 de Setembro.
Ato na Paulista testa adesão bolsonarista a Nunes e força de Marçal
“Eu quero me manifestar aí pela cidadania, fé. A voz do povo é a voz de Deus. Nós precisamos que a Justiça seja obedecida. A manifestação não é só contra o Moraes. É que ele não está obedecendo a Jurisprudência. O que ele falava há 4 anos atrás ele não está cumprindo”, disse Negreli ao Metrópoles.
Maria Isabel Barbosa, de 78 anos, veio de Belo Horizonte para a manifestação. “Eu sempre venho. Nós temos que dar um ‘para’ no Alexandre de Moraes. Está insuportável, impossível. Ele está acabando com a Constituição”, afirmou.
Marina Tripodi, de 65 anos, diz já ter viajado o país para defender a liberdade. “Vim em fevereiro, várias em Brasília. Eu quero liberdade, liberdade de expressão. É só isso que a gente quer. Nem A, nem B, nem C, que mude esse país para melhor”.
Pablo Marçal
Réplicas do boné usado pelo candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, tomaram a Avenida Paulista neste sábado (7/9). Apesar de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apoiar o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), à reeleição, seus apoiadores tem defendido a candidatura de Marçal.
Usando um boné com o M de Marçal, João Pires, de 60 anos, diz que o apoio de Bolsonaro a Nunes se deve a um arranjo partidário e que, “no coração” do ex-presidente, Marçal seria a melhor opção.
“Acho que se trata de uma estratégia política. Creio que Bolsonaro tá nessa porque não tem uma outra opção. Ele tem que obedecer ao partido. […] Nunes é um Zé Ninguém. Acho que ele vai receber uma bela de uma vaia”, afirma ele ao Metrópoles
“No coração de Bolsonaro, da família bolsonarista e dos patriotas, ele sabe o que é o melhor para São Paulo”, acrescenta.
O vendedor ambulante Alexandro Leonardo, de 46 anos, que já trabalhou em diversas manifestações bolsonaristas, afirma que desta vez apostou no boné com o M de Marçal. Segundo ele, a estratégia está dando certo.
“Já vendi muito boné do Bolsonaro, bandeira, mas agora graças a Deus parti para esse boné aqui. Está fazendo sucesso, em todo lugar tem esse boné”, disse.