As vítimas foram submetidas a uma “sessão de tortura e assassinato”. A investigação aponta para um crime ligado ao narcotráfico // As três jovens entraram em uma caminhonete no bairro La Tablada, cerca de 20 quilômetros ao sul de Buenos Aires, enganadas sob a premissa de que iriam a um evento – (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Três jovens foram foram mortas na Argentina, na quinta-feira (25/9). O assassinato foi transmitido ao vivo em uma rede social. Pelo menos 12 pessoas foram presas. As vítimas foram identificadas como Morena Verdi, 20 anos, Brenda Del Castillo, 20, e Lara Morena Gutiérrez, 15. Os corpos foram encontrados enterrados em uma casa, após as mulheres ficarem cinco dias desaparecidas.
A investigação aponta para um crime ligado ao narcotráfico. O ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Javier Alonso, disse que as três jovens entraram em uma caminhonete na sexta-feira (19/9), no bairro La Tablada, cerca de 20 quilômetros ao sul de Buenos Aires, enganadas sob a premissa de que iriam a um evento.
Elas estavam caindo em uma armadilha organizada por uma organização transnacional do tráfico de drogas que havia planejado uma estratégia para assassiná-las”, afirmou Javier.
As vítimas foram submetidas a uma “sessão de tortura e assassinato que foi transmitida nas redes sociais e, aparentemente, teria sido vista por 45 pessoas que fazem parte de uma conta no Instagram”. O chefe do grupo criminoso teria dito: “É isso que acontece com quem rouba droga”.
O motivo exato do ataque continua sob investigação. Quando questionado sobre a hipótese de que as jovens teriam roubado drogas, o ministro da Segurança respondeu: “Tudo é possível.”
Organizações políticas e sociais convocaram uma marcha para sábado (27/9) no centro de Buenos Aires com o slogan “Não há vítimas boas ou ruins, há feminicídios. Nenhuma vida é descartável”.