
O período que antecede o Natal tem aumentado o fluxo de visitantes na Central de Artesanato Mestre Dezinho e na Casa do Artesão Design Mestre Albertino, em Teresina. Os dois espaços concentram produções de diversas regiões do estado e se tornaram pontos de referência para quem procura peças manuais que combinam tradição, identidade cultural e temática natalina.
A Casa do Artesão, inaugurada recentemente, já demonstra força no mercado. Em menos de um ano de funcionamento, o local superou a marca de 400 mil reais em vendas e reúne dezenas de artistas que expõem trabalhos variados. Neste fim de ano, o espaço recebe uma mostra especial com obras criadas exclusivamente para o período, reunindo produções de artesãos de diferentes cidades.
Na Central de Artesanato, a busca por presépios tem crescido. O artesão Josielton Sousa, que trabalha há quase trinta anos com arte santeira, explica que cada conjunto é pensado individualmente. Ele produz figuras entalhadas em madeira que podem formar composições simples ou cenários grandes e detalhados, dependendo do pedido do cliente e do tempo dedicado ao acabamento. As variações de tamanho e complexidade influenciam diretamente no preço e permitem atender diferentes perfis de consumidores.
Além da experiência de compra, os dois espaços reforçam a importância econômica do setor artesanal. A aquisição de produtos locais contribui para o fortalecimento da economia criativa, mantém renda dentro das comunidades produtoras e amplia as oportunidades de trabalho para famílias que dependem da atividade manual. Também há impacto cultural significativo: técnicas tradicionais, modos de fazer e expressões artísticas passam adiante por meio das peças.
A escolha por itens produzidos por pequenos artesãos estimula uma relação mais próxima entre quem cria e quem compra. Muitos consumidores procuram esses locais justamente para conhecer a história por trás de cada peça, acompanhar o processo de produção ou entender a origem dos materiais utilizados. Essa aproximação agrega valor simbólico e amplia o reconhecimento do trabalho artesanal.
A sustentabilidade é outro ponto que diferencia o artesanato regional. A produção em menor escala reduz desperdícios, prioriza materiais locais e minimiza o impacto ambiental. O cuidado com recursos naturais e o ritmo de criação, bem diferente do modelo industrial, resultam em objetos mais duráveis e feitos de forma responsável.
Ao buscar presentes e decorações na Central de Artesanato Mestre Dezinho ou na Casa do Artesão Design Mestre Albertino, o público incentiva práticas culturais que preservam memórias, mantém viva a ancestralidade e valorizam as expressões artísticas do estado. A compra de cada peça representa mais do que um gesto de consumo: é uma forma de apoiar tradição, criatividade e sustentabilidade.






