“Olha, temos que conscientizar que flanelinha não é um trabalhador, pois trabalho é quando alguém oferece o serviço e o cliente, de forma espontânea, aceita ou não. O flanelinha força a pessoa aceitar por medo de ter o seu veículo danificado”, explica.
O parlamentar afirmou que os flanelinhas que deixarem as ruas serão encaminhados para realizar cursos de qualificação.
“O projeto prevê o direcionamento dessas pessoas para cursos profissionalizantes e tentar colocá-los no mercado de trabalho quem quiser, pois acredito que muitos ali são usuários de drogas e talvez nem queiram esse direcionamento”, frisa
O vereador ressaltou que alguns flanelinhas cometem crimes.
“Há crimes que são cometidos por flanelinhas, como bloqueio de vias, ameaças. Eu entrei em contato com a Secretaria Municipal de Segurança para coibir essas práticas criminosas. O secretário já deu sinal positivo e a Guarda Municipal vai coibir essas práticas que são ilegais aqui em Teresina. Eles (flanelinhas) ameaçam principalmente mulheres. Em shows, cobram valores altos”, destaca.
Conforme o vereador, o estado foi omisso em permitir a atuação de flanelinhas em Teresina.
“O estado foi omisso com essa questão, permitindo a existência dos flanelinhas. Há um projeto de lei a ser votado, proibindo criminalmente a atividade de flanelinha e esperem que aprovem”, completa.
O outro lado
Flanelinha há 35 anos no Centro de Teresina, João Raimundo Sousa, conhecido com Dino, critica o projeto do vereador Petrus Evelyn para retirada de flanelinhas na capital piauiense e aconselhou o parlamentar a fazer uma pesquisa para saber quem é flanelinha de verdade.
“Eu queria que o vereador fizesse uma pesquisa para saber quem é flanelinha de verdade. Eu estou trabalhando aqui há 35 anos na ruas de Teresina. Além de eu olhar as motos, eu procuro saber o nome das ruas. Agora, em todas as classes, tantos de flanelinhas, de políticos, há o lado bom e o ruim. Tem pessoas honestas e desonestas”, afirma.
O flanelinha acrescentou que também deveria ter um projeto para acabar com o cargo de vereador.
“Já que querem acabar com o trabalho de flanelinha, a comunidade também poderia fazer um projeto para acabar com o cargo de vereador. Então, aqui tem pessoas erradas que mexem no interior do carro e subtraem objetos do carro. O motorista chega para estacionar, aí vai dar uma quantia de dinheiro que não é aceita. Mas sempre acho que qualquer quantia serve. Por isso, tem que ter uma pesquisa para saber quem é e que não é flanelinha”, completa.
Orlando Dias e Renato Bezerra