A cidade de Teresina completa hoje 172 anos de fundação. Criada por José Antônio Saraiva em 16 de agosto de 1852, Teresina passou a ver, ano após ano, o seu crescimento, seja ela populacional, habitacional, com novas ruas, avenidas, prédios e novos espaços sendo criados quase que diariamente.
O que antes concentrava-se apenas na Vila Poti, único bairro da hoje capital do Piauí, Teresina passou a ter 123 bairros onde estão divididos 868.075 habitantes, segundo último censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.
Teresina, a cidade banhada por dois rios, Parnaíba e Poty, abraça como uma mãe todas as pessoas que encontram nessa grande cidade uma oportunidade para crescer. Teresina já foi, ainda na época da sua fundação, uma pequena vila de pescadores. Essa tradição se mantém até hoje, com profissionais que tiram dos rios o sustento da família.
Pescadores como o Antônio que desde os 08 anos de idade, ver no Rio Poty a sua principal fonte de renda. Todos os dias sua rotina consiste em navegar pelo rio sempre a partir das 18h. “Todos os dias eu fico aqui no rio sempre das 18h às 20h. Hoje eu sinto que o poder público poderia apoiar mais nós pescadores. Gosto de morar aqui no Poti Velho e carrego comigo uma tradição que peguei do meu pai que já era pescador”, explica.
O bairro que dá a oportunidade para os pescadores, também mantém viva a tradição de uma outra profissão secular, a dos artesãos . O Pólo Cerâmico do bairro atrai Turistas e aquece a economia local.
A atual Presidente da Cooperativa de Artesanato do Poti Velho, Raimunda Teixeira, ver as transformações do lugar. Hoje o pólo possui 284 famílias que vivem da produção do lugar, com mais de 50 locais de produção e comercialização.
“Aqui nós começamos na década de 60, por meio do Raimundo Camurão, pioneiro nessa profissão. O pólo surgiu em 1998 e aqui nós temos como um dos pilares a manutenção para manter viva essa profissão, promovendo a disseminação da existência desses profissionais em nossa cidade. Esse lugar foi feito por vários parceiros, inclusive aqui da comunidade. Teresina hoje tem esse lugar como ponto turístico da capital”, afirma.
O OLHAR PARA O FUTURO
Teresina, com o passar dos anos, também acompanhou as transformações do mundo que tem se tornado um ambiente cada vez mais digital. Novas profissões e novos hábitos entram nas rotinas dos teresinenses que se ajustam para acompanharem a dinâmica vivida pelas grandes cidades dentro e fora do Brasil.
A capital do Piauí passou a ouvir termos antes desconhecidos. Novas fontes de energia começam a despontar, como o Hidrogênio Verde, aposta atual do Governo do Estado, que promove a chegada de investidores que primeiro desembarcam na capital e passam a conhecer toda a região.
Vendo essas necessidades, novos centros são abertos para as chegadas de profissionais antes não vistos. Recentemente, o Governador do Piauí, Rafael Fonteles, inaugurou um espaço especial para conectar o poder público com empresas privadas e startups. O HUB Investe Piauí, localizado no coração de Teresina, é um celeiro que aquece o desejo por quem se interessa em investir em Teresina.
“O hub tem que ser entendido como a casa do empreendedor. E aí nós estamos falando de todos: microempresa, empresa de tecnologia, de agro, de familiar, produtor rural e aquele que tem um pequeno produto que quer rodar. Todos vão ser atendidos por esse espaço”, explica o vice-presidente de Inovação da Investe Piauí, Cristiano Vargas.
Esse espaço, novo até então, mostra a mudança de cenário econômico atual da capital e o seu interesse em abrir as portas da cidade para novos investimentos e o fomento para o surgimento de novas profissões.
Teresina, com isso, só prova que mantém viva suas tradições, mantendo espaço para todos e aberta para a chegada sempre de grandes oportunidades.
Por Daniel Carvalho e Renato Bezerra