O escritor Dalton Trevisan , conhecido como “O Vampiro de Curitiba” , faleceu nesta segunda-feira (9), em Curitiba, aos 99 anos. A confirmação veio da Secretaria de Cultura do Paraná e da família, que fez uma publicação nas redes sociais: “Todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é”. A causa da morte não foi divulgada.
Premiado com os troféus Jabuti e Camões, Dalton era avesso à exposição pública, recusando entrevistas desde os anos 1970. Ele vivia de forma reclusa em Curitiba, onde morou por décadas em uma casa que se tornou ponto turístico. Em 2021, por questões de saúde e segurança, mudou-se para um apartamento no centro da cidade.
Sua obra, marcada pela concisão e olhar crítico, explorou a solidão, os dilemas morais e os contrastes da vida urbana. A Secretaria de Cultura destacou que “Dalton retratou com crueza as angústias da classe média e deu voz aos marginalizados”. Livros como “A Polaquinha” e “Cemitério de Elefantes” consolidaram seu legado, elevando Curitiba a personagem de suas histórias.
Trevisan deixa um legado único na literatura brasileira, com obras que continuam a inspirar gerações de leitores e escritores.
IG