Marinha do Brasil divulgou neste domingo (1º) uma peça publicitária para homenagear o Dia do Marinheiro, comemorado no dia 13 de dezembro. O vídeo gerou uma onda de indignação nas redes sociais ao comparar carreira na Força à vida dos civis.

O vídeo intercala imagens de militares em situações extremas com civis em festas, viagens, reuniões de família e momentos de lazer, sugerindo que os servidores fardados são os únicos que trabalham no país.

Quem teve a brilhante ideia de fazer uma peça publicitária que dá a entender que todos os civis brasileiros não trabalham e vivem em uma novela do Manoel Carlos enquanto a Marinha defende o Brasil de uma guerra imaginária?”, escreveu uma internauta, em resposta à publicação da Marinha no X (antigo Twitter).

“Que propaganda desonesta. O povo brasileiro também se sacrifica todos os dias no trabalho, no transporte, e não ganham o suficiente as vezes pra sustentar a família. E pq vcs acham que fazem demais? Querem viver ganhando bem pelo Estado e trabalhando pouco”, escreveu outro internauta.

Ao fim da gravação de 1 minuto e 15 segundos, uma jovem diz: “Privilégios? Vem pra Marinha”. A peça publicitária manda um recado ao governo federal, que anunciou a intenção de combater os privilégios dos militares como uma das medidas de corte de gastos.

Entre as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está a instituição de uma idade mínima de 55 anos para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. Atualmente, o limite mínimo para a reserva é de 35 anos de serviço.

Previdência militar

A idade mínima para a previdência dos militares (passagem obrigatória para a reserva) vai valer a partir de 2032, segundo acordo fechado entre técnicos dos ministérios da Fazenda e Defesa. Militares previstos para se aposentar nos próximos anos terão que pagar um pedágio de 9% sobre o período que falta para o militar ir para reserva.

Se o novo projeto de lei for aprovado em 2025 e um militar, por exemplo, tiver 32 anos de serviço, faltando apenas três anos de carreira para ele ir para a reserva, ou seja, 36 meses, ele precisará aplicar os 9% de pedágio sobre esse período. O cálculo resultaria em cerca de três meses a mais de serviço, além do que ele estava prevendo antes da lei ser aprovada.

Atualmente, a regra para que um militar se aposente considera apenas o tempo de serviço, de 35 anos na carreira.

Fonte: Com informações d’O Globo

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