Dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), apontam que em 2023 cerca de 17 mil homens morreram em decorrência do Câncer de Próstata em todo o país. A entidade aponta para os riscos da doença, que deve atingir quase 72 mil pessoas do sexo masculino entre 2023 e 2025 no Brasil.

A estimativa, divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), através da publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, aponta o Câncer de próstata como o terceiro mais recorrente na população, responsável por 10,2% dos casos totais de neoplasias, e o segundo colocado entre a população masculina, atrás do câncer de pele não melanoma, com 31,3% dos casos totais.

Segundo o médico urologista, Victor Ulisses, o aumento na incidência de casos da doença pode estar associado a fatores tanto genéticos quanto do modo de vida e hábitos da população, como o uso de cigarro e bebidas alcoólicas.

“Existem alguns fatores para o câncer. Os ambientais, que são aqueles que a gente consegue modificar, como o tabagismo, a bebida alcoólica, alguns fatores ambientais locais como temperatura, atividade física. E também os fatores não modificáveis, que é o fator genético, ativado pelos fatores ambientais modificáveis”, apontou o profissional

Victor explica também que muitos dos pacientes tem receio em buscar atendimento especializado por medo, preconceito e desconhecimento sobre a realização dos exames, mas que, com o tempo, mais pacientes buscam se informar e realizar as consultas e exames preventivos.

“Estamos vencendo um pouco mais sobre essa questão do preconceito, na busca e na procura para a prevenção e o tratamento do câncer. Existem sim algumas dificuldades associadas ao tratamento, porque cada caso tem que ser analisado separadamente, mas isso vem mudando com as campanhas como o ‘Novembro Azul’”, explicou.

Recomendações aos pacientes

Uma das dúvidas frequentes é sobre quando e como buscar o atendimento junto ao profissional de saúde. Para a SBU, homens com mais de 45 anos, que já tenham histórico familiar da doença devem realizar exames regularmente. Já aqueles que não possuem histórico de Câncer de Próstata entre seus parentes pode buscar atendimento a partir dos 50 anos.

O urologista esclarece ainda que, antes de qualquer exame físico que seja realizado, o paciente inicia seu atendimento precoce através de exames simples, que envolvem análise sanguínea e exames de imagem.

“São exames inicialmente simples. PSA total, PSA livre, ultrassonografia da próstata e o toque retal. São esses exames que a gente consegue delinear algo que vai guiar-nos para alguma intervenção. Podendo sair daí, se tiver alteração, uma ressonância magnética da próstata, a depender desses exames iniciais”, delineou o profissional.

Segundo o médico urologista, Victor Ulisses, o aumento na incidência de casos da doença pode estar associado a fatores tanto genéticos quanto do modo de vida e hábitos da população

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