A cidade de Pedro II, no Norte do Piauí, foi tomada por uma espessa nuvem de fumaça tóxica na tarde da sexta-feira (10), após um novo incêndio atingir o lixão municipal, localizado na localidade Aroeira. O fogo, que começou durante a tarde, se espalhou rapidamente entre os resíduos acumulados, provocando emissões perigosas de calor e gás metano.
Moradores relataram irritações na garganta e nos olhos, além de dificuldades para respirar, especialmente nas comunidades próximas ao local. A Defesa Civil do município foi acionada e trabalha para conter as chamas. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas pelas autoridades.
Segundo especialistas, episódios como esse têm se tornado cada vez mais recorrentes. Todos os anos, o lixão de Pedro II registra novos focos de incêndio, que liberam gases inflamáveis, principalmente o metano, um dos principais responsáveis pelo agravamento das mudanças climáticas.
De acordo com a Global Clean Air Initiative, organização internacional que monitora a qualidade do ar, a exposição prolongada ao metano pode agravar doenças pulmonares, causar crises de asma e até aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC).
Até o início da noite, a fumaça ainda cobria boa parte da área urbana de Pedro II, causando preocupação entre os moradores e dificultando a visibilidade em vários pontos da cidade.
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