A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que está em tratativas com órgãos reguladores de diversos países para viabilizar a chegada do fomepizol ao Brasil. O medicamento é considerado o principal antídoto contra intoxicações por metanol, mas ainda não possui registro sanitário no país.
Segundo a agência, diante da urgência do cenário atual, foi necessário buscar fornecedores estrangeiros que possam atender rapidamente à demanda do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa integra as ações da Sala de Situação instalada pelo Ministério da Saúde para monitorar e responder ao aumento de casos de intoxicação.
Entre os órgãos já consultados estão autoridades da Argentina, México, Estados Unidos, Canadá, Japão, China, Reino Unido, Suíça, Austrália e União Europeia. O objetivo é identificar a disponibilidade do produto em seus mercados e acelerar a autorização para o fornecimento emergencial.
Além do contato com agências internacionais, a Anvisa publicou um edital de chamamento para localizar fabricantes e distribuidores com capacidade imediata de atender o governo brasileiro.
Alternativas em estudo
Como medida paralela, a Anvisa mapeou farmácias de manipulação e laboratórios nacionais habilitados a produzir etanol grau farmacêutico estéril. Essa substância é considerada uma alternativa terapêutica ao fomepizol em casos de intoxicação por metanol, caso seja aprovada pelo Ministério da Saúde. Até agora, 604 estabelecimentos foram identificados como aptos para essa produção.
Atendimento emergencial
Para situações de suspeita de intoxicação, a Anvisa orienta que a população utilize o disque-intoxicação (0800-722-6001), serviço que direciona os casos aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox). Atualmente, 13 centros estão integrados à rede, oferecendo orientações de primeiros socorros e suporte até que a vítima receba atendimento médico especializado.
