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Regina Sousa diz que petistas se arrependeram de apoiar a PEC da Blindagem

Foto: Luis Marcos

Ex-governadora critica proposta, avalia que Senado deve barrar avanço e alerta para riscos da PEC da anistia.

A posse do novo diretório municipal do PT em Teresina, marcada para 19h, contará com a presença do presidente nacional do partido, Edinho Silva, e terá o professor João Pereira como novo presidente do diretório.

Antes do evento, a ex-governadora e ex-senadora Regina Sousa concedeu entrevista durante visita ao movimento Mais Amor, na Vila Irmã Dulce, e comentou o atual cenário do partido, incluindo a polêmica PEC da Blindagem, que limita investigações sobre parlamentares e enfrenta críticas de setores da sociedade civil.

Segundo Regina, deputados do PT que votaram a favor da medida já reconhecem que cometeram um erro.

“Todo mundo sabe que a PEC é um escândalo. Os companheiros que votaram já estão sentindo o equívoco que fizeram. Todo mundo erra, o importante é reconhecer que errou, que não devia ter votado. Eu acredito que eles já reconheceram isso e… bola pra frente”, afirmou.

Questionada sobre a repercussão dentro do diretório estadual, Regina disse que as críticas se refletem nos grupos internos, mas reforçou a importância de manter a unidade do partido:

“Eles se equivocaram naquele voto, mas continuam trabalhando contra a anistia.”

Presença nacional e fortalecimento do diretório

Regina destacou a importância da visita de Edinho Silva ao Piauí. Segundo ela, a presença do dirigente nacional ajuda a dinamizar o trabalho do diretório junto às bases.

“É sempre bom prestigiar, porque o PT tem essa prática de espalhar os seus dirigentes nacionais. Hoje estão acontecendo posses em outros estados, e o Edinho escolheu o Piauí. Ficamos agradecidos. Esperamos que o diretório seja dinamizado, que faça o trabalho junto às bases.”

Ela também ressaltou o caráter democrático do partido, lembrando o processo interno de eleições diretas:

“O PT tem altos e baixos, como todo partido. Mas acabamos de passar por uma eleição direta, onde 600 mil pessoas votaram no Brasil. Não é qualquer partido que faz isso, nem no mundo. O PT sempre se desafia a estar mais perto das pessoas, enraizado nos bairros, no interior e na agricultura familiar.”

Expectativa no Senado

Sobre a PEC da Blindagem, Regina acredita que a proposta terá mais resistência no Senado:

“Eu espero que não passe. O Senado tem um grupo de senadores mais ideológicos, não só do PT, mas também de partidos de centro. O próprio relator da Comissão de Constituição e Justiça é contra.”

Já em relação à PEC da Anistia, a ex-governadora demonstrou preocupação:

“Essa eu acho que passa. Espero que não, mas eles têm número suficiente. Nós vamos votar contra e espero que o relator tenha sensatez de retirar muitas doideiras que tem ali, porque senão vira outro escândalo.”

Unidade em disputa

As declarações de Regina Sousa refletem a tentativa do PT de recompor sua unidade interna após divergências na Câmara, em meio ao avanço de pautas polêmicas como a PEC da Blindagem e a PEC da Anistia, propostas que dividem o Congresso e reacendem o debate sobre os limites da atuação parlamentar e a defesa da democracia.

 

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