Os moradores do povoado Vigia, na zona rural de Picos, convivem há mais de três meses sem água encanada. O abastecimento, que deveria ser garantido por um poço comunitário, não tem chegado às casas, deixando famílias inteiras sem acesso regular ao recurso.
A situação afeta diretamente crianças, idosos e animais, que sofrem com sede em meio às altas temperaturas da região semiárida. A rotina da comunidade é marcada por longas caminhadas em busca de água em localidades vizinhas, usada tanto para consumo próprio quanto para dividir com os animais de criação.
Dona Joana, moradora da área mais afastada do povoado, relata que a pouca água que consegue carregar precisa ser racionada entre o uso doméstico e os cuidados com galinhas e ovelhas. O esforço diário evidencia o peso da ausência de um serviço básico.
Segundo os moradores, o poço local deveria operar em sistema de rodízio para atender diferentes áreas da comunidade, mas a distribuição não tem sido cumprida. A falta de regularidade no fornecimento gera frustração diante de promessas não realizadas por responsáveis pelo sistema.
A população, cansada da realidade e das dificuldades impostas pela escassez, cobra soluções imediatas e efetivas para garantir o direito ao abastecimento.
Cidade Verde Picos
