
A professora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Melina Fachin, foi agredida verbalmente e com cuspes dentro do campus, na última sexta-feira (12/9). A docente, que é filha do ministro do Suprem Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, ainda teria sido chamada de “lixo comunista”.
O confronto mencionado ocorreu quando estudantes bloquearam o acesso ao prédio de direito da UFPR para impedir um evento intitulado Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?.
A palestra, que ocorreria na semana do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus do núcleo principal da tentativa de golpe de Estado, foi organizada por apoiadores do ex-presidente. O evento acabou cancelado pela universidade, mas Guilherme Kilter e o advogado bolsonarista Jeffrey Chiquini tentaram entrar mesmo com os bloqueios, o que gerou conflito no prédio.
Em nota, o Setor de Ciências Jurídicas da universidade informou o cancelamento do evento. Segundo o comunicado, “mesmo após o cancelamento e a orientação expressa da vice-direção para que não ingressassem no prédio, os palestrantes forçaram sua presença em adentrar ao espaço”.
“A partir disso, intensificaram-se as manifestações estudantis e, sem que houvessem sido acionadas institucionalmente, forças de segurança pública ingressaram no prédio histórico indevidamente e atuaram de forma desproporcional”, diz o texto.
Melina Fachin não estava no local no momento do ocorrido. Apesar disso, o vereador Guilherme Kilter diz ter notificado judicialmente a docente e o reitor da UFPR, Marcos Sfair Sunye, para prestar esclarecimentos sobre o cancelamento do evento.
correioweb