
Vinte e quatro anos após os atentados terroristas que derrubaram as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, mais de mil vítimas seguem sem ter seus restos mortais identificados. O número revela não apenas a dimensão da tragédia, mas também o desafio que as autoridades americanas enfrentam até hoje para dar um desfecho digno às famílias.
De acordo com o Escritório do Médico Legista-Chefe de Nova Iorque (OCME), cerca de 1.100 pessoas continuam sem identificação formal, mesmo após décadas de esforços. Ao todo, os ataques de 2001 resultaram na morte de 2.753 pessoas apenas no local do World Trade Center.
Avanços recentes com tecnologia de DNA
Nos últimos meses, avanços científicos trouxeram esperança. Em agosto, foram anunciadas três novas identificações por meio de técnicas avançadas de DNA. Com isso, o número de vítimas reconhecidas oficialmente chegou a 1.653.
Apesar dos progressos, o processo continua complexo. Os fragmentos recolhidos em meio aos escombros sofreram danos extremos por calor, pressão e degradação, dificultando análises genéticas.
A dor que atravessa gerações
Para muitas famílias, a falta de identificação mantém uma ferida aberta. “É como se não houvesse um ponto final na nossa história”, relatou recentemente um familiar de uma das vítimas à imprensa americana. A ausência de restos mortais identificados impede rituais de despedida e prolonga o luto.
Memória e homenagem
Todos os anos, no dia 11 de setembro, familiares e autoridades se reúnem em Nova Iorque para ler os nomes das vítimas e homenagear aqueles que perderam a vida. Neste 24º aniversário, o peso da memória se mistura à esperança de que os avanços científicos possam oferecer algum conforto às famílias que ainda aguardam respostas.
O Memorial e Museu do 11 de Setembro, no Marco Zero, segue como símbolo de resistência, lembrança e reflexão. Ali, onde antes se erguiam as torres, estão gravados os nomes de todas as vítimas, identificadas ou não, como forma de eternizar suas histórias.