
Neste 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, manifestações organizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreram em diversas cidades do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e João Pessoa. Os participantes pediam a aprovação de uma anistia ampla para pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro de 2023, considerados uma tentativa de golpe contra a democracia.
Em São Paulo, o ato na Avenida Paulista reuniu centenas de manifestantes que carregavam faixas e cartazes com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. Também foram vistas bandeiras dos Estados Unidos e menções a líderes políticos ligados ao ex-presidente, como o governador Tarcísio de Freitas.
No Rio de Janeiro, em Copacabana, manifestantes defendiam a aprovação de uma “anistia ampla e irrestrita”, enquanto em João Pessoa os atos contaram com a participação de lideranças de partidos aliados ao ex-presidente. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes entoaram palavras de ordem em favor da anistia e questionando decisões do STF.
Especialistas e observadores políticos destacam que pedidos de anistia para pessoas envolvidas em ataques que atentaram contra instituições democráticas podem representar um risco à estabilidade política do país e à credibilidade das instituições.
O tema da anistia tem gerado debate intenso no Congresso Nacional, com parlamentares e autoridades alertando para os impactos que a aprovação de uma medida desse tipo poderia ter sobre o respeito às regras constitucionais e à ordem democrática.
Embora os atos tenham ocorrido em diferentes estados, não houve registro de violência significativa durante as manifestações, e a maioria transcorreu de forma pacífica.
Mesmo em um clima de comemoração pelo Dia da Independência, os atos reacendem o debate sobre o limite entre o direito à manifestação e a defesa da democracia, lembrando que tentativas de relativizar episódios de ataques às instituições podem ter consequências sérias para o país.