PUBLICIDADE

Suspeito de deixar corpo em rodoviária foi condenado a 28 anos por matar e concretar a mãe

A vítima do novo crime, uma manicure de 65 anos que namorava Ricardo, foi encontrada de forma brutalmente esquartejada // Ricardo Jardim (Foto: Reprodução Globo)

247 – Ricardo Jardim, publicitário de 66 anos preso preventivamente na madrugada desta sexta-feira (5), em Porto Alegre, sob suspeita de ter deixado uma mala com o tronco de uma mulher dentro de um armário na rodoviária da capital gaúcha, já tinha um histórico criminal grave. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, ele foi condenado em 2018 a 28 anos de prisão por assassinar e concretar o corpo da própria mãe em 2015. As informações são do g1.

Na época, ele foi considerado culpado por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse de arma. Apesar disso, obteve progressão de regime e atualmente estava foragido da Justiça.

A vítima do novo crime, uma manicure de 65 anos que namorava Ricardo, foi encontrada de forma brutalmente esquartejada. Na mala, localizada no guarda-volumes da rodoviária, havia apenas o torso da mulher. Dias antes, pernas e braços já haviam sido encontrados em sacos de lixo na Zona Leste de Porto Alegre. A confirmação da identidade foi feita por meio de exame de DNA realizado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).

A motivação, de acordo com as investigações, seria financeira, já que o suspeito teria tentado utilizar cartões de crédito da vítima. Para o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios, trata-se de um caso de feminicídio.

Perfil do acusado

O delegado destacou que Ricardo é “extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”, além de dominar técnicas de corte, o que teria facilitado a execução do crime. A polícia também acredita que ele tenha planejado as ações de forma a provocar repercussão pública.

“Primeiro, em um lugar ermo. Depois, em um dos lugares mais movimentados do estado”, explicou Souza, ao comparar o descarte das partes do corpo em agosto. Para ele, a escolha da rodoviária mostra que o suspeito “quis aparecer, embora tenha tomado muitos cuidados”.

Imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para identificá-lo. Em um estabelecimento comercial, Ricardo foi flagrado abaixando a máscara, o que permitiu sua comparação com as gravações feitas na rodoviária.

Segundo Henrique Zamora Rodrigues, supervisor do setor de guarda-volumes da rodoviária, a mala permaneceu por 12 dias no local. A situação só veio à tona após funcionários notarem o forte odor.

“Agora no fim de semana, por causa do calor, começou a exalar cheiro ali dentro, e hoje estava insuportável. Tentei contato com os dados que tinham passado, mas não consegui nenhum contato, até para poder descartar”, relatou Rodrigues.

Ele contou ainda que a mala chegou a ser levada para um local de descarte de lixo:
“Fomos abrir, quebrei o cadeado, estava com vários sacos plásticos preto e vimos um tronco, que não era de animal, e acionamos a polícia na hora. Retiraram o corpo e o cheiro segue ali no ar”, disse.

Partes ainda não localizadas

O crânio da vítima não foi encontrado. A Polícia Civil suspeita que Ricardo planejava um terceiro ato de descarte, mas não revelou informações sobre a possível localização. A investigação também apura se houve participação de outras pessoas no crime.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS