
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (3/09/2025) o segundo dia do julgamento que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno.
O caso, conhecido como o “núcleo 1” da trama golpista, envolve oito réus e analisa ações que teriam como objetivo abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“O julgamento é histórico e segue sendo acompanhado com atenção pela sociedade e pela imprensa”, destacou um especialista em Direito Constitucional.
A sessão de hoje marca o início das defesas dos réus, que têm até 60 minutos cada para apresentar suas alegações. Espera-se que a defesa de Bolsonaro tente:
- Questionar a delação de Mauro Cid, peça-chave para o processo;
- Argumentar cerceamento de defesa, devido a prazos reduzidos para manifestação;
- Desvincular o ex-presidente dos atos do dia 8 de janeiro, usados pela PGR para fundamentar acusações de golpe de Estado.
O julgamento começou na terça-feira (2/09/2025) com interrogatórios de réus e análise das provas apresentadas pelo Ministério Público, incluindo comunicações internas e atos administrativos suspeitos.
A sessão desta quarta-feira é transmitida ao vivo por diversos veículos e deve se estender até o início da tarde, podendo se prolongar por mais de uma hora, dependendo da duração das defesas.
Analistas políticos destacam que o andamento do julgamento é acompanhado de perto por lideranças políticas, movimentos sociais e a população em geral, dada a relevância histórica e política do caso para o futuro do país.
“O STF não julga apenas os réus, mas também reafirma a importância do Estado Democrático de Direito no Brasil”, afirmou um jurista consultado pela Atualize.
O julgamento do “núcleo 1” é considerado um dos mais importantes da história recente, e seu desfecho poderá definir precedentes sobre a atuação de autoridades eleitas frente à democracia e ao ordenamento jurídico nacional.