A Justiça da Itália decidiu manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) presa no presídio de Rebibbia, em Roma, enquanto aguarda o processo de extradição para o Brasil.
Na audiência realizada em 27 de agosto, o Tribunal de Apelação de Roma rejeitou o pedido de soltura feito pela defesa. Os advogados apresentaram documentos médicos, mas a Justiça considerou que não havia risco grave à saúde da parlamentar. Um laudo oficial concluiu que, apesar de sintomas de insônia e depressão, ela está lúcida e sem sinais de comportamento autodestrutivo.
O governo brasileiro formalizou o pedido de extradição em 11 de junho de 2025. O processo pode durar até dois anos, envolvendo análises da Justiça e do Ministério da Justiça da Itália. Até lá, Zambelli deverá continuar presa.
A deputada foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão por participação na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça e por crimes contra o Estado democrático de direito. Após a condenação, ela fugiu do Brasil e foi capturada em julho em Florença, na Itália, onde também possui cidadania.
Enquanto aguarda as decisões na Justiça italiana, Carla Zambelli segue oficialmente no cargo de deputada federal, mas sua situação política permanece incerta.
