Um velório realizado na manhã da sexta-feira (22/08), no povoado Rua 10, em Boqueirão do Piauí, acabou marcado por um episódio de intolerância religiosa.
Segundo o próprio padre relatou em entrevista, ele havia ido ao local apenas para levar condolências à família, já que o falecido era evangélico. No entanto, acabou sendo ameaçado: “Ela saiu atrás de mim dizendo que eu não deveria sair. Que se eu saísse, não chegaria em casa vivo”, contou o religioso.
Durante a confusão, uma das ministras católicas foi agredida fisicamente, chegando a desmaiar após ser atingida nas costas com uma Bíblia. Ela precisou ser hospitalizada devido à pressão alta.
Notas de repúdio e pedido de desculpas
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Boqueirão do Piauí, em nome do Pr. Joaquim Neto, vem a público expressar profundo pesar pelo episódio ocorrido nesta sexta-feira (22/08) durante o velório de Paulo Ferreira do Nascimento, nosso querido irmão em Cristo.
Na referida ocasião, representantes da Igreja Católica em Boqueirão do Piauí, incluindo o Padre Leandro Rodrigues de Melo e duas senhoras ministras, compareceram ao velório com sincero gesto de solidariedade à família enlutada. Entretanto, foram alvo de palavras e gestos lamentáveis, que em nada representam os princípios cristãos de amor e respeito pregados pela Assembleia de Deus em Boqueirão.
Em nome de todo corpo de membros e da liderança pastoral, pedimos desculpas à comunidade católica local, em especial, ao Padre Leandro e às ministras presentes no ocorrido. Assim, reafirmamos nosso compromisso com o diálogo respeitoso e com a convivência pacífica.
Como cristãos, acreditamos que o Evangelho nos chama a viver em paz com todos e a amar ao próximo como a nós mesmos (Romanos 12:18). Reiteramos que atitudes de manifestações desrespeitosas não condizem com os ensinamentos proferidos em nossa comunidade evangélica e não refletem o coração desta igreja.
Que este episódio sirva de reflexão e nos impulsione ainda mais à prática do respeito, da empatia e do verdadeiro amor cristão.
Atenciosamente, Pr. Joaquim Neto
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