
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), minimizou a derrota na instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, ocorrida nesta quarta-feira (20/8). Em coletiva, o parlamentar reconheceu falhas na articulação governista, mas afirmou que “o governo não tem medo da CPMI” e que as investigações não trazem riscos ao Palácio do Planalto.
O senador destacou que a maior parte das fraudes no INSS investigadas pela CPMI ocorreram entre 2017 e 2023, período anterior ao governo Lula. “Se tem alguém que não tem responsabilidade sobre isso é o governo. Por isso, não temos nada a temer. Queremos que a CPMI funcione e chegue à verdade dos fatos”, reforçou
Randolfe também criticou a substituição de titulares por suplentes de partidos adversários, que, segundo ele, favoreceu a vitória da oposição na escolha da presidência e da relatoria. Mesmo assim, disse não pretender questionar formalmente o processo. “O jogo é jogado. Não vamos ficar presos a isso”, afirmou, adotando tom conciliador.
O líder ressaltou que o governo pretende reorganizar sua base para garantir o controle da CPMI nos próximos meses. “Foi uma derrota no dia de hoje, mas não é o resultado do campeonato. Vamos consolidar a maioria que já estava prevista desde o início”, declarou, acrescentando que o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) coordenará a bancada governista na comissão.