Felca durante participação em programa de TV, em meio a controvérsia envolvendo denúncias e ameaças. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que o Google forneça, em até 24 horas, dados que identifiquem o autor de e-mails com ameaças de morte enviados ao youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. A decisão liminar foi proferida pelo juiz Pedro Henrique Valdevite Agostinho após pedido da defesa do influenciador, e prevê multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento, podendo chegar a R$ 100 mil.
As mensagens ameaçadoras foram enviadas no sábado (16/8) e citam diretamente o vídeo em que Felca denuncia o influenciador Hytalo Santos por exploração de menores. Em um dos e-mails, o autor afirma que Felca “vai pagar com a vida” por expor Hytalo. O advogado de Felca, João de Senzi, destacou a rapidez da Justiça, que concedeu a decisão em apenas 29 minutos após o protocolo.
Essa é a segunda vitória judicial recente do youtuber. Na semana anterior, o TJ-SP já havia ordenado a quebra de sigilo de 233 perfis que acusaram Felca de pedofilia nas redes sociais. Segundo o influenciador, essas contas fizeram acusações caluniosas e difamatórias, alegando que ele apoiava páginas com conteúdo de sexualização infantil. Felca defendeu-se dizendo que acompanhava essas páginas apenas para produzir um roteiro crítico sobre a monetização de crianças nas redes.
A denúncia contra Hytalo Santos, que motivou as ameaças, foi feita em um vídeo de quase 50 minutos publicado por Felca. Nele, o youtuber critica duramente os conteúdos produzidos por Hytalo, que, segundo ele, sexualizam crianças e adolescentes em busca de engajamento. Felca menciona especificamente o caso de Kamylinha, que teria entrado no “círculo” de Hytalo aos 12 anos e passou a ser exposta em ambientes com bebidas alcoólicas e situações inapropriadas.
Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos em Carapicuíba (SP) na última sexta-feira (15/8), investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores de idade nas redes sociais.
