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Diagnóstico de demência leva cerca de 3 anos e meio após sintomas

Desenvolvimento mais precoce e presença da demência frontotemporal estão relacionados à maior demora do diagnóstico // Pesquisa foi publicada na Revista Internacional de Psiquiatria Geriátrica – (crédito: Robina Weermeijer/Unsplash)

Um estudo publicado na Revista Internacional de Psiquiatria Geriátrica mostra que o diagnóstico de pacientes com demência poder levar, em média, três anos e meio após o aparecimento dos primeiros sintomas. Esse período pode durar cerca de 4,1 anos no caso de pessoas que desenvolveram a doença precocemente.

Uma hipótese para a longa espera é a confusão dos sintomas de demência com os do próprio envelhecimento. “Enquanto o medo, o estigma e a baixa conscientização pública podem desencorajar as pessoas a procurar ajuda”, destaca Phuong Leung, dos autores do texto.

Segundo a pesquisa, liderada pela University College London (UCL), desenvolvimento mais precoce e presença da demência frontotemporal estão relacionados à maior demora do diagnóstico. Embora os dados com recortes raciais sejam limitados, o estudo avaliou que pacientes negros levam mais tempo até descobrir a doença.

“O diagnóstico oportuno pode melhorar o acesso aos tratamentos e, para algumas pessoas, prolongar o tempo de vida com demência leve antes que os sintomas piorem”, destaca a líder da pesquisa, Vasiliki Orgeta. Para a especialista, otimizar o processo de diagnóstico passa por ações em diversas frentes, como campanhas de conscientização e capacitação de clínicos. A pesquisa mostra que apenas 50% a 65% dos casos são diagnosticados nos países de alta renda. Em países de renda mais baixa, esse número pode ser ainda menor.

“Nos sistemas de saúde, caminhos de encaminhamento inconsistentes, acesso limitado a especialistas e clínicas de memória com recursos insuficientes podem gerar atrasos adicionais”, pontua o professor Rafael Del-Pino-Casado, da Universidade de Jaén, na Espanha. “Para alguns, as diferenças linguísticas ou a falta de ferramentas de avaliação culturalmente adequadas podem dificultar ainda mais o acesso ao diagnóstico oportuno”.

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O levantamento analisou 13 estudos com dados de 30.257 participantes, publicado na Europa, Estados Unidos, Austrália e China. Na pesquisa, a equipe investigou o intervalo entre os primeiros sintomas, relatados por pacientes e cuidadores em entrevistas ou registros médicos, e o diagnóstico.

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