
Fraude no INSS em Parnaíba – Ao todo R$ 2,3 milhões foram pagos a mortos e fantasmas; quadrilha tem 15 dias para devolver valores e pagar R$ 6,6 milhões em multas. O esquema de fraude descoberto na Agência da Previdência Social de Parnaíba (PI) resultou no pagamento indevido de R$ 2,3 milhões a supostos beneficiários que, na verdade, eram mortos ou pessoas fictícias. A fraude foi comandada pelo servidor Gilson Barbosa Machado, que contava com a atuação direta de sete cúmplices para operacionalizar as irregularidades.
Como funcionava o esquema?
Segundo o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), a quadrilha criava beneficiários inexistentes forjando documentos como certidões de nascimento, carteiras de identidade e comprovantes de residência. Com isso, inseriam dados falsos nos sistemas do INSS e solicitavam a transferência de benefícios do Maranhão para Parnaíba. Essa transferência servia como “prova de vida” para burlar controles. Os valores eram sacados mensalmente pelo grupo.
Quem liderava?
O esquema era liderado por Gilson Barbosa Machado, servidor do INSS que já teve a aposentadoria cassada a bem do serviço público, e operado pelos sete cúmplices:
- Felipe Oliveira de Araújo
- Francisco das Chagas dos Santos
- Isabel Cristina Pereira Oliveira de Sousa
- Joanilda Passos do Nascimento
- Jonathan Hans Silva Lima
- Luiz Gonzaga Balbino de Lima
- Maria do Socorro Pereira Lima
Alguém foi ou está preso?
Até o momento, não há informação oficial de prisões. O processo analisado pelo TCU é administrativo, mas a decisão foi enviada à Procuradoria da República no Piauí para eventual responsabilização criminal dos envolvidos.
Quanto terão que devolver e em quanto tempo?
Os oito condenados foram responsabilizados solidariamente e têm 15 dias para devolver o montante desviado – R$ 2,3 milhões – aos cofres públicos, além de R$ 6,6 milhões em multas individuais calculadas conforme a participação de cada um. Caso solicitem, poderão parcelar as dívidas em até 36 vezes.
Penalidades aplicadas
Além da devolução dos valores e multas, todos estão proibidos de exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública por oito anos. As contas dos envolvidos foram julgadas irregulares, e suas ações classificadas como dolosas, causando dano expressivo ao erário e violando princípios básicos da administração pública.

O INSS também foi orientado a adotar providências administrativas e a reforçar os controles para evitar novos prejuízos.
Impacto
O caso reforça as fragilidades nos controles do INSS e serve como alerta para outras regiões do país, onde práticas semelhantes já foram identificadas em auditorias anteriores.
Fonte: Com informações Metrópoles