Na madrugada desta quarta-feira (9), trabalhadores da limpeza pública de Teresina iniciaram uma paralisação de 24 horas em protesto contra o atraso de salários e a suspensão de benefícios como vale-alimentação e vale-transporte. A mobilização foi confirmada pelo Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Piauí (Seeacep).
O movimento atinge funcionários ligados à empresa Recicle, integrante do Consórcio Recicle/Aurora, que teve o contrato rescindido com a Prefeitura de Teresina. Segundo o sindicato, o pagamento dos trabalhadores está travado porque a empresa se recusa a assinar um aditivo contratual que permitiria o repasse legal dos valores devidos.
De acordo com o presidente do Seeacep, Jônatas Miranda, diversas tentativas de mediação foram feitas, inclusive com a presença da Prefeitura em audiência no Núcleo de Conciliação do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (NUPEMEC-TRT-22). No entanto, a empresa não aceitou os termos propostos e deixou de formalizar o acordo.
“Solicitamos a audiência, houve proposta de prorrogação com assinatura de aditivo, mas a empresa não concordou com as cláusulas. Sem esse documento, não há como fazer o pagamento de forma legal, pois ele precisa da devida autorização dos órgãos competentes”, afirmou o sindicalista.
A Prefeitura de Teresina, em nota, declarou solidariedade aos trabalhadores e criticou a “postura de desrespeito” da empresa contratada. A gestão municipal afirma que possui os recursos financeiros para efetuar os pagamentos referentes ao mês de junho, mas depende da formalização do aditivo por parte da Recicle para que os repasses sejam autorizados.
O sindicato alerta que a paralisação poderá causar impactos na coleta de lixo em diversos bairros da capital, e cobra uma solução imediata para que os serviços possam ser retomados.
