PUBLICIDADE

Piauí lidera crimes ambientais contra a fauna entre nove estados monitorados no Brasil

Ao todo, foram 41.203 ocorrências registradas no período. Os crimes vão desde danos à flora e poluição, até exploração mineral e crimes contra a fauna, categoria na qual o Piauí lidera

O Piauí aparece com destaque em um levantamento nacional que contabilizou mais de 41 mil crimes ambientais entre 2023 e 2024. O relatório, produzido pela Rede de Observatórios de Segurança, analisou dados de nove estados brasileiros, incluindo Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e o próprio Piauí.

Ao todo, foram 41.203 ocorrências registradas no período. Os crimes vão desde danos à flora e poluição, até exploração mineral e crimes contra a fauna, categoria na qual o Piauí lidera: cerca de 68% das infrações ambientais registradas no estado estão relacionadas à fauna silvestre.

Mesmo com a grande quantidade de casos notificados, os pesquisadores alertam que os números ainda estão longe de retratar a realidade completa. Isso porque os dados oficiais não incluem conflitos agrários nem violências praticadas contra populações tradicionais, como indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas.

Outro ponto que chama atenção é a diferença na forma como cada estado coleta e repassa as informações. Enquanto o Piauí, Pará e Pernambuco apresentaram dados mais detalhados, outros estados, como Ceará, Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro, entregaram informações limitadas ou sem recorte por tipo de crime.

No Piauí, a maior parte dos crimes ambientais diz respeito ao tráfico, caça ou maus-tratos de animais silvestres, o que evidencia a necessidade de políticas públicas mais efetivas de proteção à fauna local.

Diante das falhas encontradas na padronização e abrangência das informações, o relatório recomenda a criação de um sistema unificado de registro e acompanhamento, além da formação de órgãos especializados para tratar especificamente de crimes que afetam povos tradicionais e comunidades vulneráveis.

A Rede de Observatórios também reforça a urgência em fortalecer a fiscalização e a investigação de crimes ambientais, além de ampliar a proteção de áreas preservadas, que seguem sob ameaça crescente.

O cenário serve de alerta para gestores públicos, órgãos ambientais e toda a sociedade, já que os impactos desses crimes vão muito além das estatísticas e atingem diretamente o equilíbrio ecológico e a qualidade de vida da população.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS