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Xi condena ataques de Israel ao Irã: “Conflitos não resolvem problemas”

Presidente da China, Xi Jinping, durante encontro no Cazaquistão, onde condenou ataques de Israel ao Irã e defendeu soluções diplomáticas para a crise no Oriente Médio.

O presidente da China, Xi Jinping, manifestou nesta terça-feira (17) “profunda preocupação” com a ofensiva militar de Israel contra o Irã. Em declaração oficial, ele criticou o uso da força e defendeu o respeito à soberania dos países.

“A ação militar de Israel contra o Irã provocou uma escalada súbita das tensões no Oriente Médio, o que é motivo de grande preocupação para a China. Somos contra qualquer violação da soberania, segurança e integridade territorial de outros países”, afirmou Xi, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores chinês.

As declarações foram feitas durante um encontro com o presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, no Cazaquistão, durante a Segunda Cúpula China-Ásia Central. Xi destacou ainda que “a intensificação dos conflitos na região não serve ao interesse da comunidade internacional”.

Na última sexta-feira (13), Israel lançou uma série de ataques contra instalações nucleares e áreas residenciais em Teerã, capital iraniana. Segundo autoridades do Irã, ao menos 225 pessoas morreram. Em resposta, o Irã disparou centenas de mísseis e drones contra território israelense, deixando 24 mortos, conforme números oficiais.

UE cobra diplomacia e alerta para risco de escalada

A União Europeia também reagiu à crise e defendeu uma saída diplomática. A ex-primeira-ministra da Estônia, que atualmente lidera a diplomacia europeia, destacou que o bloco “mantém canais abertos com todas as partes” e reiterou a importância do acordo nuclear de 2015 com o Irã.

“A Europa está pronta para assumir um papel nas negociações. Os riscos de escalada e de prolongamento do conflito são muito altos”, alertou. Segundo ela, o diálogo entre Teerã e Washington está em impasse, e qualquer intervenção dos Estados Unidos pode agravar ainda mais a situação.

“Se os EUA entrarem diretamente no conflito, isso arrastará toda a região para uma guerra mais ampla — e isso não é do interesse de ninguém”, afirmou. Ela disse ainda que o secretário de Estado americano, Marco Rubio, assegurou que Washington também não busca uma escalada.

Evacuação de europeus e proteção naval

Como medida prática, os ministros das Relações Exteriores da UE discutiram a ativação do Mecanismo de Proteção Civil Europeu para coordenar a evacuação de cidadãos do bloco que estão na região em conflito.

Além disso, as forças navais europeias continuarão protegendo navios comerciais de possíveis ataques no Mar Vermelho, especialmente por parte dos Houthis, grupo aliado do Irã.

Nos próximos dias, a União Europeia deve se reunir novamente para discutir possíveis implicações da ofensiva de Israel, inclusive uma revisão da adesão israelense ao Acordo de Associação com o bloco. Segundo a chefe da diplomacia europeia, está em andamento uma avaliação do Artigo 2 do acordo, que trata de respeito aos direitos humanos e princípios democráticos.

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