PUBLICIDADE

Datafolha reforçará pressão para que Tarcísio dispute a presidência em 2026

 A nova pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado pela Folha de S.Paulo, deve intensificar a pressão sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), para que ele se lance na corrida presidencial de 2026. O levantamento, realizado entre os dias 10 e 11 de junho, aponta um cenário de empate técnico entre Tarcísio e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual segundo turno, um resultado que certamente ecoará nos bastidores da política.

Até então, Tarcísio vinha perdendo para Lula por 48% a 39%. Agora, a pesquisa mostra uma disputa acirrada, com Lula marcando 43% e Tarcísio 42%, uma diferença que está dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Esse desempenho coloca o governador paulista como o nome mais competitivo da direita elegível para enfrentar o atual presidente.

O peso de Bolsonaro e o dilema da direita

O levantamento, realizado entre os dias 10 e 11 de junho, aponta um cenário de empate técnico entre Tarcísio e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual segundo turno, um resultado que certamente ecoará nos bastidores da política.

Apesar do bom desempenho de Tarcísio, a matéria da Folha de S.Paulo, que serve de base para esta análise, destaca o contínuo dilema da direita brasileira. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo inelegível até 2030, mantém um peso significativo no cenário político. A pesquisa mostra que ele ainda empata tecnicamente com Lula em um cenário de primeiro turno, com o petista numericamente um ponto à frente (36% a 35%). Em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, Lula também estaria em empate técnico, com 44% a 45% para o ex-presidente.

Essa persistência da influência de Bolsonaro cria um desafio para Tarcísio e outros nomes da direita. O governador de São Paulo, “cioso do eleitorado bolsonarista”, só consideraria uma candidatura ao Palácio do Planalto se tivesse o apoio explícito de seu padrinho político. No entanto, Bolsonaro, que tomou posse para seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos em 2025, parece ter outros planos, incluindo manter-se relevante enquanto enfrenta processos judiciais e a “ameaça de lançar seu sobrenome na forma de algum parente”, o que “embola o jogo para o resto da direita”.

Outros cenários e a movimentação da direita

A pesquisa também simulou cenários com outros nomes da família Bolsonaro. Contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Lula ganharia por 46% a 42%. Já contra os filhos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula teria uma vantagem mais ampla em segundo turno, vencendo Eduardo por 46% a 38% e Flávio por 47% a 38%.

Esses resultados reforçam a percepção de que, entre os nomes elegíveis da direita, Tarcísio é o que apresenta maior potencial para desafiar Lula. A pressão sobre ele, portanto, só tende a aumentar, à medida que se aproxima o pleito de 2026 e a direita busca um nome capaz de unificar suas bases e disputar de igual para igual com o atual presidente.

Ainda há muitas variáveis em jogo, especialmente a decisão de Jair Bolsonaro sobre seu apoio e o papel que desempenhará no próximo ciclo eleitoral. A pesquisa Datafolha, contudo, é um claro indicativo de que a candidatura de Tarcísio de Freitas é uma possibilidade real e que será cada vez mais difícil para ele se esquivar do chamado.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS