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Irã fura defesas de Israel com mísseis balísticos e atinge o centro de Tel-Aviv

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Míssil iraniano atinge o centro de Tel-Aviv Foto: Tomer Neuberg/AP

As Forças Armadas do Irã retaliaram na tarde desta sexta-feira 13 os bombardeios israelenses contra os seu programa nuclear com a disparada de mais de 150 mísseis balísticos contra Israel em duas barragens de disparos. Ao menos sete deles furaram o sistema antimísseis israelense e atingiram o centro de Tel-Aviv.

Ao menos 40 pessoas ficaram feridas e estão centro tratadas em hospitais locais, algumas em estado grave. Os mísseis tentaram atingir as sedes do Ministério da Defesa de Israel e do Exército, que ficam no centro da cidade.

A maioria desses mísseis foram interceptados pelo sistema de defesa aérea israelense, que contou com o auxílio de militares americanos. O Exército israelense orientou a população a entrar nas áreas protegidas e permanecer lá até novo aviso.

No começo da madrugada de sábado no horário local, uma terceira barragem de mísseis foi disparada do Irã na direção de Israel e as defesas antiaéreas foram acionadas. Há registro de novas explosões em Tel-Aviv e Jerusalém.

Estrago iraniano

O ataque atingiu uma parte do centro de Tel-Aviv onde estão localizadas várias instalações militares, incluindo o quartel-general das Forças de Defesa de Israel. Os vídeos indicam que pelo menos um dos mísseis iranianos atingiu um local estratégico do comando militar israelense. de comando sensível dentro de Israel.

Vídeos obtidos pelo New York Times mostram ataques próximos da Torre Marganit, no bairro de Kirya, em Tel-Aviv, próximo ao quartel-general do Exército de Israel.

Os vídeos mostram inicialmente projéteis sendo lançados, provavelmente interceptadores de mísseis de defesa. Em seguida, um raio de luz, um estrondo alto e um clarão brilhante da explosão do míssil que se aproximava.

Ameaças israelenses

O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que o Irã ultrapassou os limites ao ousar disparar mísseis contra concentrações de população civil em Israel. “Continuaremos a defender os cidadãos de Israel e a garantir que o regime do aiatolá pague um preço muito alto por suas ações hediondas”, disse.

Mais cedo, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu disse que esperava um contra-ataque iraniano. Netanyahu disse: “Eu lhes digo que haverá. Atingimos uma parte considerável da liderança militar iraniana e dos cientistas nucleares que lideram seu programa nuclear. Isso foi uma surpresa para eles”, disse em comunicado.

Resposta iraniana

O regime iraniano confirmou o ataque. “Há poucos instantes, com o lançamento de centenas de mísseis balísticos diversos em direção aos territórios ocupados, teve início a operação de resposta decisiva ao ataque selvagem do regime sionista”, disse a agência estatal Irna em comunicado.

Mais cedo, o líder do Irã disse que a resposta da República Islâmica  e o destino de Israel, doloroso e amargo, após os bombardeios contra alvos militares e nucleares persas.

“À grande nação iraniana, o regime sionista cometeu com sua mão maligna e sangrenta um crime em nosso querido país e revelou ainda mais sua natureza perversa ao atacar áreas residenciais. Eles devem esperar uma resposta dura”, disse o aiatolá.
Israel mirou alvos nucleares e líderes militares

Israel bombardeou diversos alvos no Irã, no que chamou de “ataques preventivos” em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio.

Os ataques começaram na noite de quinta-feira, 12 (horário do Brasil), e continuaram nesta sexta-feira, 13. Foi uma grande operação contra a alta cúpula do país persa e o programa nuclear do Irã.

Israel atacou a principal instalação de enriquecimento nuclear do Irã em Natanz, atingindo um complexo subterrâneo que abrigava centrífugas.

Tel-Aviv também atacou pelo menos seis bases militares ao redor da capital, Teerã, residências em dois complexos de alta segurança para comandantes militares e vários prédios residenciais ao redor de Teerã, de acordo com informações do The New York Times.

Morte de líderes iranianos

 Os ataques mataram três dos principais líderes da  Revolução Islâmica ligados ao programa nuclear da teocracia.

O major general Mohammad Bagheri, chefe de Estado-Maior das Forças Armadas e o segundo comandante mais alto do Irã depois do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, foi morto no bombardeio.

Prédio destruído após ataque iraniano em Tel Aviv Foto: Jack Guez/AP

Bagheri se destacou na Guarda Revolucionária durante a guerra Irã-Iraque e foi nomeado chefe do Estado-Maior em 2016. Este é o cargo militar mais alto do país.

O general Hossein Salami também foi morto durante a madrugada. Ele se destacou na guerra Irã-Iraque e se tornou vice-comandante militar em 2009.

Dez anos depois, ele foi anunciado como chefe da Guarda Revolucionária do Irã e desempenhou um papel fundamental na política externa do Irã.

Salami havia sido sancionado pela ONU e pelos EUA por seu envolvimento nos programas nuclear e militar do Irã.

Outros dois militares foram mortos por Israel. O general Gholamali Rashid, comandante-chefe adjunto das Forças Armadas, e o general Amir Ali Hajizadeh, chefe do programa de mísseis da Guarda Revolucionária do Irã.

Cientistas nucleares iranianos também foram mortos

Segundo a agência iraniana Tasnim, Israel matou seis cientistas iranianos.

Entre eles estão Fereydoun Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, e Mohammad Mehdi Tehranchi, físico teórico e presidente da Universidade Islâmica Azad em Teerã.

EUA mandam navios de guerra para a região

Os Estados Unidos anunciaram o envio de navios e outros recursos militares americanos no Oriente Médio para ajudar a proteger Israel da retaliação iraniana.

O contratorpedeiro USS Thomas Hudner recebeu ordens para se deslocar para a costa oriental do Mediterrâneo, e um segundo contratorpedeiro deverá segui-lo. A Força Aérea também enviará mais caças para a região.

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