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“Prefiro o Lula”: entenda por que Michelle mandou demitir Wajngarten

De acordo com integrantes do PL, Michelle já não mantinha contato com Wajngarten há meses e articulava sua saída há algum tempo.

Por ordem direta de Michelle Bolsonaro, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten, foi demitido da função de assessor de imprensa de Jair Bolsonaro. A decisão, segundo revelou a reportagem, foi tomada após o vazamento de uma troca de mensagens entre Wajngarten e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

O diálogo, ocorrido em janeiro de 2023, teve como estopim uma matéria que sugeria a possibilidade de Michelle Bolsonaro ser lançada como candidata à Presidência pelo PL. Na conversa, Wajngarten encaminhou a notícia a Cid, que respondeu com ironia: “Prefiro o Lula”. Wajngarten concordou: “Idem”. A repercussão do conteúdo foi imediata e reforçou a insatisfação da ex-primeira-dama com o ex-assessor, levando-a a exigir sua exoneração.

De acordo com integrantes do PL, Michelle já não mantinha contato com Wajngarten há meses e articulava sua saída há algum tempo. Fontes próximas relataram que esse não foi o único atrito entre os dois. Michelle e seu irmão, Eduardo Torres, também teriam se incomodado com a solidariedade pública prestada por Wajngarten ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso no contexto dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Apesar do afastamento, aliados de Bolsonaro saíram em defesa de Wajngarten, descrevendo-o como “fiel ao ex-presidente”. Destacaram que ele foi responsável por providenciar transporte aéreo particular em momentos críticos de saúde de Bolsonaro, além de ter sido figura presente nas ocasiões em que a Polícia Federal realizou operações contra o ex-mandatário. Segundo esses aliados, ele costumava ser o primeiro a chegar à casa do ex-presidente em situações delicadas.

O episódio evidencia o fortalecimento da influência de Michelle Bolsonaro nos bastidores do PL e no núcleo bolsonarista, especialmente diante do vácuo político gerado pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro. A decisão de demitir Wajngarten escancara o tensionamento interno e as disputas por espaço em torno da ex-primeira-dama, que segue sendo considerada uma das principais apostas eleitorais do partido.

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