O pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é assinado por 13 deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que já foram citados pelo magistrado em inquéritos que tramitam na Corte. Ao todo, 152 parlamentares da Câmara assinaram o requerimento, protocolado no Senado na terça-feira, 10.
Todos os deputados que estão na mira de Moraes são do PL, sigla do ex-presidente. São eles: Alexandre Ramagem (RJ), André Fernandes (CE), Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Carlos Jordy (RJ), Eduardo Bolsonaro (SP), Eliézer Girão (RN), Filipe Barros (PR), Junio Amaral (MG), Luiz Phillipe de Órleans e Bragança (SP), Marco Feliciano (SP), Silvia Waiãpi (AP) e Zé Trovão (SC).
Ao Estadão, Filipe Barros afirmou que não teve acesso aos autos do inquérito das fake news, onde é um dos investigados. Barros também afirmou que as redes sociais dele não têm irregularidades e nunca foram derrubadas por ordem de Moraes.
“Sobre o chamado “inquérito das fake news”, é primordial frisar que sequer a defesa tem acesso aos autos desse caso. Ou seja, há mais de cinco anos os investigados não conseguem nem ao menos saber o que é imputado a eles pelo ministro relator”, afirmou Barros.
Junio Amaral, por sua vez, acusou Moraes de promover uma perseguição contra ele. Segundo o parlamentar, o posicionamento favorável ao impeachment do ministro não leva em consideração a inclusão dele no inquérito das fake news.
“Ele se comporta como um político e usa do seu poder para promover essa perseguição. Independente se eu tivesse ou não entre essas pessoas (citados no inquérito das fake news), e infelizmente eu estou, eu já me posicionaria dessa forma: favorável ao impeachment dele”, disse Amaral.
Fonte: Estadão.