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Seca Verde provoca perda de até 80% da safra em Geminiano

O fenômeno “Seca Verde”, caracterizado pela escassez de chuvas em períodos críticos do ciclo agrícola, atingiu o município de Geminiano, no Centro-Sul do Piauí e comprometeu praticamente toda a produção agrícola da safra 2024/2025. Segundo relatório da Secretaria Municipal de Agricultura, as perdas nas lavouras de milho e feijão chegam a uma média de 80%, refletindo diretamente na economia de uma cidade que tem na agricultura uma de suas principais base de sustento.

Além das lavouras de milho e feijão, culturas como mandioca e caju também sofreram com os efeitos da estiagem, agravada por pragas e doenças. “Estamos diante de uma das piores perdas dos últimos anos. A estiagem, associada a outros fatores como pragas, tem deixado nossos agricultores em uma situação muito difícil”, afirmou o prefeito Francisco Jailson da Silva Campos.

Além das lavouras de milho e feijão, culturas como mandioca e caju também sofreram com os efeitos da estiagem, agravada por pragas e doenças. “Estamos diante de uma das piores perdas dos últimos anos

A apicultura, que vinha se consolidando como uma das grandes forças econômicas do município, também sofreu um duro golpe. De acordo com os dados do relatório, a produção de mel pode ter uma redução de até 50%. “O impacto na apicultura é incalculável. Muitos apicultores investiram pesado, e agora enfrentam a frustração de uma produção pela metade”, comentou o secretário de Cultura, Edmundo Sousa Chagas, que também acompanha de perto a situação dos produtores rurais.

 

Na pecuária, os efeitos também são sentidos: redução das pastagens, morte de animais por desnutrição e aumento dos custos com insumos como milho, soja e silagem têm pressionado os pequenos e médios criadores. “Estamos vendo um colapso silencioso. Muitos já não têm como alimentar seus animais e recorrem a ajuda emergencial”, relatou Edmundo.

 

A situação dos reservatórios de água também é alarmante. Segundo o relatório, nenhum açude ou barreiro atingiu sua capacidade total. Alguns estão praticamente secos. “Isso compromete não só a produção, mas a vida de toda a comunidade. Os meses mais críticos ainda estão por vir”, alertou o prefeito Jailson Campos.

A crise hídrica e agrícola também pode refletir no comércio local, com redução do poder de compra da população. A perda da safra afeta toda a cadeia produtiva, numa cidade com forte identidade agropecuária.

Medidas emergenciais

A gestão municipal decretou situação de emergência em razão da seca e tem adotado medidas paliativas como o reforço no abastecimento por carro-pipa, recuperação de barreiros e manutenção preventiva de poços. Além disso, busca parcerias com órgãos como a CONAB, SADA e ADAPI.

O prefeito ressaltou o esforço da administração municipal em minimizar os impactos. “Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance e vamos buscar apoio do Estado e do Governo Federal. Nossos agricultores precisam de apoio imediato para se reerguer”, destacou Jailson Campos.

 

O relatório técnico é assinado pelo engenheiro agrônomo Juliano de Moura Gonçalves e reforça o pedido por ajuda governamental urgente, diante da gravidade da situação enfrentada por Geminiano.

 

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