
Um levantamento recente da Gerência de Análise Criminal e Estatística da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) revela que 87,85% das vítimas de feminicídio no estado não haviam denunciado o agressor antes do crime. O dado considera casos registrados entre janeiro de 2022 e abril de 2025.
Segundo o estudo, apenas 12,15% das vítimas tinham registrado boletim de ocorrência contra o agressor antes do feminicídio. A pesquisa também mostra que 73% dos crimes ocorreram dentro da residência da vítima e que 87% não possuíam medida protetiva em vigor.
O levantamento evidencia o silêncio e a vulnerabilidade de muitas mulheres que sofrem violência doméstica, além de reforçar a importância da denúncia e do acesso a medidas de proteção. Especialistas em segurança afirmam que o registro de boletins de ocorrência e a adoção de medidas protetivas são ferramentas essenciais para prevenir tragédias.
A SSP-PI reforça que os canais de denúncia estão abertos e disponíveis de forma gratuita, e que denúncias podem ser feitas pelo 180 (Central de Atendimento à Mulher), pela Polícia Militar (190) ou diretamente nas delegacias especializadas.
A divulgação desses números chega em um momento em que o combate à violência contra a mulher é pauta constante de políticas públicas no estado, evidenciando a necessidade de campanhas de conscientização, apoio psicológico e medidas preventivas mais eficazes.
O alerta das autoridades é claro: a denúncia é essencial para proteger mulheres em situação de risco e pode ser determinante para evitar que a violência doméstica evolua para feminicídio. Por isso, buscar apoio e acionar os canais de proteção disponíveis é um passo fundamental para salvar vidas.