Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios aponta que 59% dos prefeitos do Piauí admitem estar em atraso com fornecedores nas cidades. O levantamento aponta que os gestores terão dificuldades para encerrar o mandato com as despesas quitadas em 2024. O Piauí é o segundo estado do nordeste com o maior número de prefeituras em dívidas com fornecedores.
Os dados apontam que a crise financeira e a falta de recursos, além da instabilidade política e econômica e os reajustes após a pandemia, prejudicou a gestão 45% das prefeituras do Piauí nos últimos quatro anos. Em outro ponto, o estudo realizado pela instituição municipalista mostra que 68% dos gestores tiveram que parcelar o 13% salário dos servidores municipais diante das dificuldades enfrentadas.
O estudo ouviu 135 dos 224 prefeitos do Piauí e foi finalizado no último dia 06 de dezembro.
Nacionalmente, o estudo da CNM apontou que 71,2% (3.186) dos prefeitos e prefeitas tiveram a crise financeira e a falta de recursos como o maior desafio de gestão nos últimos quatro anos.
Na pesquisa, 53,1% também apontaram como dificuldade a instabilidade política e econômica. Reajustes salariais e saúde também estão entre os mais desafiadores, com 47,8%. Em seguida, vêm Censo, com 45,1% e desastres naturais, com 34,2%. Apesar da maioria ter lidado com dificuldades financeiras, 80,9% (3.619) dos respondentes afirmam que vão encerrar o ano e o fim de mandato com as contas em dia. À Confederação, 1.055 (22,5%) gestões municipais responderam que vão encerrar os mandatos deixando restos a pagar (RAP) para a próxima gestão, outras 3.162 (70,7%) não deixarão esse tipo de pendência.
Os dados coletados também indicam esforços dos Municípios para manter o pagamento de salários em dia, mesmo sob relato de falta de recursos durante a gestão. Em 98,3% (4.402) das prefeituras que responderam à pesquisa, a folha de pagamento está em dia (97,3%).
O cenário também é de pagamento do 13º salário até o próximo dia 20 de dezembro. Até o momento, 2.691 (60,2%) Municípios informaram à CNM que pagaram a primeira parcela ou parcela única, enquanto outros 1.644 (36,8%) responderam que pagarão até 20 de dezembro. Apenas 58 (1,3%) relatam que haverá atraso.
CNM