PUBLICIDADE

2 de Julho: Por que o governo quer transformar a data na “segunda Independência” do Brasil

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, durante a caminhada do Dois de Julho, em 2024.

2 de Julho: a data que o governo quer transformar em símbolo da verdadeira Independência do Brasil

Quando se fala em Independência do Brasil, a imagem mais comum é a de Dom Pedro às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, bradando “Independência ou morte”. Mas a história da separação entre Brasil e Portugal não se encerra nesse episódio. Para o governo federal, outro momento merece ser lembrado com destaque nacional: o dia 2 de julho de 1823, quando as últimas tropas portuguesas foram expulsas de Salvador.

Essa data já tem grande peso histórico na Bahia, onde é feriado estadual e celebrado com desfiles e homenagens populares. Agora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs que o 2 de Julho seja reconhecido oficialmente como o Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil. A proposta foi enviada ao Congresso Nacional e, se aprovada, vai instituir uma data comemorativa em todo o país — sem implicar em um novo feriado.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Lula relembrou que o famoso grito de independência dado por Dom Pedro foi apenas o início de um processo que durou mais de um ano. “Foi no dia 2 de julho de 1823 que os baianos conseguiram, de fato, fazer com que os portugueses deixassem o Brasil definitivamente”, destacou o presidente.

Ao lado de Lula, estavam o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Jaques Wagner (PT-BA), ambos ex-governadores da Bahia, além de Sidônio Palmeira, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, também baiano.

A luta pela liberdade na Bahia

O 2 de julho representa o fim da resistência portuguesa no território baiano e, por consequência, no Brasil. A data está ligada diretamente à chamada Batalha do Pirajá, um confronto crucial travado nas imediações de Salvador. A vitória das forças brasileiras consolidou a soberania nacional e encerrou, na prática, a presença militar de Portugal no país.

Desde então, a Bahia celebra o momento com festas, cortejos, blocos culturais e homenagens a heróis populares que participaram da luta. Entre os nomes lembrados estão Maria Quitéria, considerada a primeira mulher a se alistar no Exército brasileiro; o general francês Labatut; o jovem Corneteiro Lopes, e a freira Joana Angélica, assassinada por soldados portugueses ao tentar impedir uma invasão ao convento onde vivia.

Diferente das comemorações do 7 de Setembro, geralmente marcadas por desfiles militares, o 2 de Julho tem forte apelo popular e um clima de celebração cívica nas ruas. Ao propor o reconhecimento nacional da data, o governo busca valorizar a participação da Bahia na consolidação da independência e reforçar um olhar mais amplo sobre a construção da soberania brasileira.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS