Há exatos 14 anos, no dia 23 de julho de 2011, o mundo se despediu de Amy Winehouse. Aos 27 anos, a cantora britânica deixou não apenas uma coleção de músicas marcantes, mas um legado que ainda ecoa no cenário musical. Dona de um timbre inconfundível, um estilo retrô que desafiava o tempo e letras que sangravam sentimentos, Amy encantou o mundo.

O sucesso da britânica atingiu o auge com o álbum Back to Black (2006), que vendeu mais de 20 milhões de cópias. Mesmo que breve, a trajetória de Amy foi repleta de feitos históricos. Com o single Stronger Than Me, do álbum de estreia, ela venceu o Ivor Novello Awards na categoria de Melhor Canção Contemporânea. Em 2009, alcançou cinco vitórias no Grammy em uma única noite — um recorde para artistas femininas à época —, mesmo sem poder pisar nos Estados Unidos: a performance dela foi transmitida via satélite após Amy ter o visto negado. Ao longo da carreira, acumulou sete gramofones e totalizou nove indicações ao prêmio mais prestigiado da música.
Segundo dados de 2023 do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), Rehab é a canção mais ouvida e regravada da cantora nos últimos dez anos. No Spotify, Amy acumula mais de 18 milhões de ouvintes mensais. A melancólica faixa Back To Black totaliza 1,3 bilhão de streams na plataforma, seguida de Valerie (664 milhões), Rehab (639 milhões), You Know I’m No Good (592 milhões) e Tears Dry On Their Own (516 milhões).
A intensidade que a levou ao topo também a consumiu. A causa oficial da morte de Amy foi apontada como intoxicação alcoólica acidental, reflexo de uma longa batalha contra o vício em drogas e álcool. Mesmo após a morte, a história dela seguiu sendo contada: o documentário Amy, lançado em 2015, venceu o Oscar de Melhor Documentário e reavivou a memória da artista para novos públicos. No Brit Awards de 2012, ela foi homenageada postumamente com uma menção especial pela contribuição inestimável à música britânica.
Amy Winehouse vive — nos discos, nas lembranças, nas influências que espalhou como fagulhas em toda uma geração. Mesmo silenciada tão cedo, permanece uma das vozes mais potentes que a música já conheceu.
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